O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou a jornalistas, hoje, que a sua morte interessa a muita gente, sem, no entanto, entrar em detalhes sobre quais pessoas estariam interessadas nesse ato. A declaração foi feita depois que Bolsonaro foi indagado sobre o que achava da advertência feita por seu filho, Carlos, vereador pelo Rio de Janeiro, de que a morte do pai interessa a “gente muito próxima”. O presidente comentou que Adélio Bispo de Oliveira, militante do PSOL, que o esfaqueou durante comício em Juiz de Fora, Minas Gerais, estava bem perto dele no palanque.
Bolsonaro está praticamente concluindo a formação do seu ministério mas preveniu que uma Pasta será destinada às mulheres. Os primeiros nomes anunciados pelo presidente eleito foram o juiz Sergio Moro para a Justiça e Paulo Guedes para a área econômica. Vários outros nomes foram anunciados, como o de Luiz Henrique Mandetta, para a Pasta da Saúde. Sobre insinuações de que estaria privilegiando excessivamente o Democratas, no arco dos partidos que o apoiaram, Bolsonaro deixou claro que tem se guiado por outros fatores, não necessariamente pela filiação partidária. A deputada federal Tereza Cristina, por sua vez, foi designada para ocupar o ministério da Agricultura.
Bolsonaro deu a entender que não vê com bons olhos a atitude do presidente Michel Temer (MDB) de conceder indulto a presidiários, aproveitando uma praxe de fim de ano e insinuou que na sua gestão não haverá o benefício. Diante de movimentos ensaiados através da mídia com vistas ao esvaziamento da Operação Lava-Jato, que colocou próceres petistas e empresários de destaque na cadeia, o presidente salientou que estão sendo examinadas medidas para fortalecer a investigação contra os corruptos. Ressaltou que, no que depender dele, não haverá trégua na punição de corruptos.
O sucessor de Michel Temer desmentiu que esteja patrocinando barganhas na nomeação de ministros para compor o seu governo, alertando que seu método de trabalho é outro e que seu compromisso é com os interesses dos segmentos da sociedade brasileira. Entre interlocutores de Jair Bolsonaro, a expectativa é a melhor possível com relação aos primeiros passos do governo. Alguns chegam a projetar que o presidente “surpreenderá a Nação favoravelmente” com as providências que vai adotar, bem como com o estilo de governar. As versões oriundas de Brasília sinalizam que Bolsonaro já teria maioria assegurada na Câmara dos Deputados, tendo investido ultimamente em consolidar uma base receptiva no Senado como estratégia para concretizar a chamada governabilidade.
Fonte: Os Guedes
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