A Justiça Militar condenou 19 militares e 7 civis por fraudes na compra de alimentos em unidades do Exército do Amazonas. Segundo a investigação, empresários pagavam propina aos militares para receber vantagens nos processos de licitação. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
As penas proferidas pelo juiz federal substituto Alexandre Augusto Quintas, da JMU (Justiça Militar da União) chegam a 16 anos de prisão. De acordo com o Ministério Público Militar (MPM), o esquema ocorria há quase 15 anos. Um dos empresários chegou a bancar uma festa em um motel com prostitutas para oficiais e praças.
Segundo a investigação, o esquema envolvia o CMA (Comando Militar da Amazônia), a Diretoria de Suprimentos do Exército, em Brasília, e batalhões como o 12º Batalhão de Suprimentos, sediado em Manaus.
Dois coronéis, um tenente-coronel, um tenente, um subtenente, um major e cinco capitães, além de oito militares de baixa patente e empresários foram condenados. Eles podem recorrer da decisão em liberdade.
De acordo com o MPM, capitães e um major que atuavam no 12º Batalhão de Suprimentos também superfaturaram a compra de duas embarcações regionais que estavam impróprias para uso.
Durante o processo, a maioria dos oficiais e demais militares investigados negou envolvimento nas irregularidades. Eles alegaram inexistência de provas ou a ilicitude das provas coletadas durante a apuração, incluindo interceptação telefônica.
Fonte: Isto É
Créditos: Isto É