Léo Pinheiro narrou diversos encontros com Gim Argello e Vital do Rêgo. Num deles, a dupla explicou como seria a CPI da Petrobras e o que teria de fazer para evitar que a OAS fosse investigada.
“Podemos ajudar e ajudar muito, mas o senhor vai ter que ajudar financeiramente. Vai ter que dar uma contribuição para o senador Vital do Rêgo, que será candidato a senador na Paraíba”, disse Gim, segundo Léo.
O empreiteiro argumentou que não tinha como fazer doação para político de um estado onde a empresa não tinha atuação. “Isso foge completamente nosso padrão de doações eleitorais.” Gim, então, engrossou. “Você não está entendendo. Vai ter que ajudar. São cinco milhões.”
A dupla explicou ainda que a doação não poderia ser feita diretamente. Gim sugeriu o repasse a uma paróquia do Distrito Federal e Vitalzinho sugeriu o nome de um advogado chamado Alexandre.
“O senador Vital do Rêgo pediu que eu mandasse alguém nosso procurar um advogado de nome Alexandre, de confiança dele, que daria a forma como isso poderia ser feito.”
Como a doação não saiu, a dupla marcou outro encontro para ameaçá-lo. “Disseram que, a partir daquele instante, estariam encerradas as negociações e a OAS teria de se virar.”
O imbróglio só foi resolvido com mediação de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez.
Fonte: http://www.oantagonista.com