O PMDB no Senado está possesso com a demora na reestruturação do Ministério dos Transportes — o governo ainda não soltou o decreto que cria as três secretarias nacionais, entre elas a dos Portos, que será ocupada por um indicado do partido. No ministério, diz-se que os trâmites dependem de pastas como o Planejamento e que há perspectiva de que se resolva em 15 dias.
Integrantes da Lava Jato se preocupam com a “passividade” do país em relação à “guerra” da classe política para freá-la. Não veem nenhum fiapo de mobilização contra o que tratam como uma investida de governo e Congresso sobre a operação.
A escolha de Edison Lobão para presidir a CCJ foi uma das medidas que mais chocaram a Lava Jato: o senador já foi até alvo de busca e apreensão, o que significa que não se trata de investigação inicial com indícios fracos, como faz crer o PMDB.
Disposto a não perder prestígio no Senado, Renan Calheiros decidiu derrubar as paredes da liderança do PMDB para criar um “grande ambiente de convivência política”. “Os senadores ficam muito apertados aqui nessa salinha”, justifica.
Aliados do presidente da Câmara fazem o seguinte raciocínio sobre a batalha pela indicação do líder do governo: em maio, quando Eduardo Cunha tinha peso na Casa, Temer preferia Rodrigo Maia, mas cedeu e aceitou André Moura.
Agora, sustentam, o presidente da República não tem como justificar um critério diferente para recusar um nome defendido por Maia. Os dois devem se encontrar até o início da semana para fechar a questão.
Parte da base vê o peemedebista Hugo Motta como boa solução para o cargo. Agrada a Maia e, apesar de ter sido próximo de Cunha, não ficou carimbado como outros deputados.