Índice de desemprego é recorde: o maior já registrado desde que a pesquisa do IBGE começou em 2012
De acordo com especialistas, o comércio eletrônico vive um bom momento no Brasil. Só em 2016 foram criados mais de 700 mil novos empregos na área
Contrariando a crise econômica, o comércio eletrônico cresceu 11% em 2016 e gerou 718 mil novos empregos no ano passado, segundo a ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. De acordo com o IBGE, o desemprego subiu para 12% e já são mais de 12 milhões de desocupados no país. O índice é o mais elevado desde que a pesquisa começou em 2012.
Para quem está à procura de trabalho, o comércio eletrônico já é uma ótima oportunidade porque, além do setor aquecido também para este ano – com previsão de crescimento, ainda segundo a ABComm, de 12% em relação a 2016 e faturamento de cerca de 60 bilhões de reais -, o empreendedor pode ter um negócio próprio com riscos baixos.
“Investir no comércio eletrônico está sendo uma ótima oportunidade para as pessoas que estão desempregadas ou que precisam completar a renda. Como o investimento inicial é baixo, só é preciso focar nos produtos, atendimento e entrega”, explica Adriano Caetano, especialista em comércio eletrônico e diretor da Loja Integrada (www.lojaintegrada.com.br) – plataforma para a criação de lojas virtuais mais popular do país com mais de 400 mil lojas hospedadas.
Quem estava desempregada e decidiu “arriscar” num novo negócio no mundo virtual foi a Marileide dos Santos, que ficou sem trabalho depois de sair da multinacional onde trabalhou por 18 anos. A administradora conta que foi dispensada da empresa durante um corte de funcionários e que após quase um ano sem emprego, se juntou à irmã para abrir a loja virtual Via Mana Brinquedos (www.viamanabrinquedos.com.br).
“Depois de procurar trabalho e não conseguir nada que valesse a pena, nós começamos a pesquisar meios para ganhar dinheiro. Fizemos longos estudos sobre a área e percebemos que o comércio eletrônico vive um bom momento”, conta Marileide. E mesmo com pouco recurso, as duas insistiram no negócio e abriram a loja virtual em setembro do ano passado.
A empresária conta que agora entende o motivo do sucesso do e-commerce. “Além do investimento inicial ser baixo, posso montar o meu próprio horário e cuidar da minha irmã, que está com problemas de saúde e também trabalha de casa me ajudando na loja virtual”.
Segundo o especialista, “as pessoas estão cada vez mais conectadas, confiantes e comprando pela internet. A facilidade de montar uma loja virtual e a flexibilidade que o trabalho em casa proporciona são uns dos atrativos do e-commerce. Porém, para ter sucesso nas vendas é preciso planejamento e dedicação, assim como qualquer negócio”, finaliza Adriano Caetano.
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