Comissão de Cartaxo sobre Lagoa é tentativa desesperada de fugir da PF e do MPF

Enfim, o prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PSD), admitiu que existe possíveis irregularidades nas obras de requalificação do Parque Solon de Lucena e com um atraso de pelo menos dois anos, determinou a instalação de uma comissão para apurar as denúncias que já estão em fase avançada na Polícia Federal e no Ministério Público.

A iniciativa do prefeito se fosse tomada quando veio a público o relatório da Controladoria Geral da União seria digna de aplausos, de um gestor que não compactua com irregularidades e que seria intolerável com a corrupção. Porém, tomada agora, quando a Polícia Federal já confirmou superfaturamento de mais de R$ 6 milhões, está prestes concluir os inquéritos e apresentar as denúncias, a comissão de Cartaxo não serve de nada, a não ser de uma estratégia política barata e uma tentativa desesperada de fugir das implicações que certamente lhe caírão após a conclusão dos inquéritos civil e criminal.

Na comissão, o prefeito diz que quer apuração sobre “eventual responsabilidade administrativa de servidores públicos”, numa clara demonstração que para se livrar das responsabilidades como gestor, vai jogar na cova dos leões, o secretário de Infraestrutura Cássio Andrade.

A tentativa do prefeito de se afastar das irregularidades já comprovadas pela Polícia Federal, não resiste a uma rápida busca no google, quanto mais a uma investigação minuciosa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. Quem é capaz de contabilizar nos dedos das mãos, as vezes que o prefeito Luciano Cartaxo esteve vistoriando ou visitando a obra da Lagoa durante sua execução, demonstrando assim toda sua preocupação e zelo com tudo que ocorria ali? A obra da Lagoa foi a grande vitrine do primeiro mandato de Luciano e por isso, reteve toda sua atenção, tanto no planejamento, quanto na execução, portanto, apenas dizer que não sabia de nada não encontra respaldo na verdade, a não ser que o prefeito assine um atestado de incapacidade e/ou incompetência para gerir uma obra, quem dirá uma cidade.
Fonte: Marcos Wéric