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Moro tenta constranger ministros do STF e esquece rigor com auxílio moradia e cumpadre

O juiz Sérgio Moro concedeu ontem entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, na despedida de Augusto Nunes do comando do televisivo, uma homenagem. Durante todo o tempo da entrevista, poucas vezes o magistrado foi inquirido com tema espinhosos, duas ou três perguntas “que fugiram do roterio” mamão com açúcar. Em síntese, além da autopromoção, Moro tentou constranger os ministros Celso de Melo, decano do Supremo Tribunal Federal, e Rosa Weber, para quem trabalhou no STF.

Durante fala sobre o HC do presidente Lula, o juiz de Curitiba, disse não acreditar numa mudança de postura do STF para os casos de prisão após condenação em segunda instância, e citou nominalmente os dois ministros, estrategicamente. Um é o decano do Tribunal e seu voto pode ter peso sobre os demais e sobre a opinião pública. A outra é a ministra que tem sido colocada como a peça que fundamental no desfecho do julgamento que pode restabelecer o entendimento de prisão somente após o transito e julgado.

Sobre Weber, afirmou:
“Tenho apreço especial pela ministra Rosa Weber, com quem trabalhei. Pude observar a seriedade da ministra, a qualidade técnica da ministra”.

E considerou o seguinte sobre a execução da pena depois da segunda instância: “Tenho expectativa de que esse precedente não vai ser alterado”. Para ele, “passaria uma mensagem errada de que não cabe mais avançar”. E acrescentou: “Vamos dar um passo atrás. Seria uma pena.”

É ou não uma tentativa de constranger os ministros.

 

Sobre o auxílio-moradia Moro repetiu a tese de compensação para perdas salariais o que empresta o caráter de imoralidade e ilegalidade ao benefício “legal”.

 

 

Já sobre a acusação do advogado Tacla Duran, de que um juiz seu cumpadre teria intermediado acordos ilegais de delação na Operação Lava Jato. Se usasse o rigor que usa com seus réus com o auxílio-moradia e com o cumpadre, seu posicionamento seria outro.

Fonte: Marcos weric
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