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Após negativa dos Correios, ministro precisa explicar fala sobre Paraíba

Todo mundo na Paraíba estranhou a fala do ministro da Segurança, Raul Jungmann, de que as balas que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram roubadas na Paraíba, num furto ao Correios. Claro houve logo quem quisesse tirar proveito político do caso, mas a história é tão ilógica que não encontrou grande eco. Não demorou e a Superintendência dos Correios na Paraíba negar a informação, alegando que não há registro de roubo de munição.

Junte-se a negativa do Correios, que por si só já é suficiente para o ministro explicar de onte tirou essa informação, o fato da logística ser totalmente impensada. Ora, que rota é essa que a munição sai da fábrica, que não é na Paraíba com certeza, passa pelos Correios na terrinha para ser encaminhada a Brasília? Na mesma fala que citou a Paraíba, o ministro citou um escrivão da Polícia Federal que também teria desviado parte da munição. O escrivão informou que no ano do roubo já estava aposentado.

O Brasil vive um momento de tantos absurdos, que uma fala irresponsável como está no ministro, terminando passando em vão.

Parece que o nome da Paraíba ficou no pensamento do ministro depois da malfadada reunião com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e depois de “convidar” os bandidos a “conhecerem” a Paraíba, agora ele deu um jeito de envolver o nome do estado no assassinato da vereador Marielle.

O verdadeiro envolvimento da morte de Marielle com a Paraíba se deve ao fato de sua mãe ser uma paraibana de Alagoa Grande, por ironia do destino terra de outra grande mulher, também assassinada por pregar ideais de liberdade, Margarida Maria Alves.

 

Fonte: Blog do Marcos Wéric
Créditos: Blog do Marcos Wéric