À exceção da pré-lançada candidatura do vice-governador Rômulo Gouveia, a disputa para a única vaga de senador pela Paraíba deste ano está em aberto, como se diz no jargão dos mais abalizados analistas políticos. A quatro meses das convenções, não há outro tarimbado político paraibano em plena campanha pelo cargo.
Cenário em parte explicado pelo clima de indefinições reinante. A expectativa de decisão do senador Cássio Cunha Lima conseguiu a proeza de imobilizar praticamente toda a classe política, que aguarda acocorada o posicionamento oficial do tucano para, ato contínuo, poder se mexer e visualizar conjecturas.
O que temos, no máximo, são alguns nomes lembrados: Wilson Santiago, Ruy Carneiro, Cícero Lucena, Wellington Roberto, Aguinaldo Ribeiro e, correndo por fora, muito por fora, Efraim Morais, pelo peso do DEM. Desses, só Santiago e Cícero precisam, por sobrevivência, do espaço. Os demais se contentariam bem com suas reeleições.
Rômulo deve estar apostando nesse vácuo quando joga todas suas fichas. Mas mesmo ele, com bloco na rua e baixa rejeição, deve enfrentar resistências em Campina Grande, após o desembarque do grupo Cunha Lima, cuja inquestionável influência eleitoral na cidade e no Estado pode empinar outra candidatura. Por razões óbvias, Cássio vai prorrogar pra última hora a escolha de seu senador. Já o companheiro de chapa de Veneziano Vital deve ficar entre PR e PT. Não sendo possível, por falta de apetite de Wellington ou ausência de quadro do PT, sobrará para Zé Maranhão ou Manoel Júnior.
Independente dos escolhidos, a concorrência tende a ser equilibrada. Por isso, deve prevalecer o histórico onde o candidato a governador vencedor do primeiro turno arrasta o senador. Quem terá mais força pra puxar? Eis aí o “x” da questão.