O PSB e o PSDB terão candidatos e palanques fortes na Paraíba para Eduardo Campos e Aécio Neves. Se o PT sentir que precisa competir, o PMDB, como maior partido no Estado, será procurado

2018 já em pauta

 Lena Guimarães.

Pelo que se diz nos bastidores do PT paraibano, se não houve orientação firme da direção nacional, dificilmente haverá coligação com o PMDB no primeiro turno, quando o tempo de propaganda do partido (17,15% do total) seria precioso para Veneziano Vital do Rêgo (conta com 14,81%) apresentar bem suas propostas e ampliar suas chances de estar no segundo turno, principalmente concorrendo com Ricardo Coutinho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB).

E esse posicionamento não resultaria da crença de que a pré-candidata Nadja Palitot tenha mais chances do que o peemedebista. A questão é outra. Os petistas sabem que seu melhor quadro para o Governo do Estado, o prefeito Luciano Cartaxo, não está disponível em 2014, e miram 2016 (ano da reeleição) e 2018 (quando poderá repetir o salto de Ricardo Coutinho).

Por isso, se puderem evitar, não colocarão nenhuma pedra no seu caminho, ajudando a eleger quem pode travar essa trajetória, como seria o caso de Veneziano, que teria direito a concorrer outra vez em 2018, quando Cartaxo estaria ‘pronto’ para encarar a disputa pelo Palácio da Redenção.

Os atuais dirigentes do PT são todos ligados a Luciano Cartaxo. Muitos entendem que é melhor perder tendo a oportunidade de plantar sementes para o futuro, do que ganhar e não levar. Acham que é isso o que acontece quando o partido deixa de se apresentar como alternativa de poder, com reflexos inclusive em sua representação na Assembleia e na Câmara Federal. Em 2010 só elegeram três deputados estaduais e um federal, mesmo sendo o partido que está na Presidência desde 2002.

As chances de união PT-PMDB estão relacionadas a disputa presidencial. Dilma lidera, mas a última pesquisa divulgada, a da MDA/CNT, revela queda na avaliação positiva do seu governo (de 39% para 36,4%), e crescimento da negativa (de 22,7% para 24,8%), enquanto a aprovação pessoal caiu de 58,8% para 55%. E a campanha, quando os adversários têm espaços em horário nobre para apontar as fragilidades do governo, ainda não começou. Não dá para dizer “já ganhou”.

O PSB e o PSDB terão candidatos e palanques fortes na Paraíba para Eduardo Campos e Aécio Neves. Se o PT sentir que precisa competir, o PMDB, como maior partido no Estado, será procurado. Nesse caso, valerá a prioridade de 2014, que é Dilma.

TORPEDO

O PMDB não depende disso. O PMDB depende das suas pernas e da confiança popular. Nós carregamos conosco a melhor companhia, que é a história do PMDB.

Do pré-candidato a governador Veneziano Vital do Rêgo, respondendo sobre os reflexos do rompimento PSB-PSDB na sucessão estadual.

Somando forças

Está nascendo a primeira aliança proporcional para as eleições deste ano. O presidente do SDD, Benjamin Maranhão anunciou diálogo com PROS, PSC e PDT para apresentação de candidatos à Assembleia e Câmara Federal.

Benjamin e Cássio

Ontem, o deputado Benjamim conversou com o senador Cássio Cunha Lima sobre a disputa para o Governo do Estado. Admitiu chances de entendimento do SDD com o PSDB, mas disse que decisões ficam para abril.

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