WALTER SANTOS: Para que agredir a memória de Ronaldo?

Ronaldo, governador: o poder popular

Volta e meia a cena política da Paraíba exibe fatos típicos da involução, do despreparo gratuito por motivações injustificáveis, como se deu nessas últimas horas com a atitude do deputado estadual Tião Gomes, querendo aparentar ser bonzinho para o governador Ricardo Coutinho expondo uma agressão inaceitável à memória do ex-governador Ronaldo Cunha Lima duvidando da sua atuação no Executivo estadual.

Lá na Torre, sobretudo nas conversas do Mercado, é comum os filósofos dizerem que quem age assim deve estar cuspindo no prato que comeu e, por isso mesmo, não tem moral nenhuma para falar da trajetória de Ronaldo com quem tomou muitas lapadas de cana dizendo à época que o Poeta governador era o Maioral.

A atitude de Tião consolida para dentro e fora do Governo a expressão típica ou igual a de um “pistoleiro de aluguel da palavra”, capaz de fazer qualquer “encomenda” ao poderoso de plantão – e isso pega muito mal porque, apesar de tudo, o deputado é gente boa, de riso fácil, Governista de primeira hora, seja quem for.

Mas, por falar em Ronaldo, a Paraíba precisa entender que, com todo o respeito a todos os governadores passados, a ele coube uma missão dificílima que foi enquadrar a máquina administrativa do Estado nas regras draconianas do Tesouro Nacional diante de uma herança pesada com o caixa zerado e com dividas quase endoidando o Poeta, sobretudo na atualização do pagamento do funcionalismo. Duplicação da BR 230, Hospital de Trauma, Adutoras, Hotel Turístico de Campina, o referendo à política de valorização do funcionalismo, Ronaldão, etc, nada foi mais importante do que a retomada de políticas desenvolvimentistas na fase ronaldiana.

Negar a Ronaldo tantas obras importantes e estruturantes no Estado agora é assumir a miopia política e, pior ainda, é ser ingrato com quem foi o primeiro avalista do “namoro e casamento circunstancial” entre PSDB ( vide Cássio Cunha Lima) e o então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, cujo encontro registrado à época significou o começo da vitória de quem na sequencia da vida não honrou a confiança do Poeta.

Tião Gomes, volto a dizer, é uma pessoa de bom trato, mas precisa acabar de vez com essa mania de querer ofender à Memória “pratrasmente” porque só para massagear o ego do Rei de plantão não ajuda nada no seu futuro porque, anotem de hoje em diante, ele será um dos primeiros a procurar Cássio Cunha Lima para aderir no segundo turno das eleições deste ano.

QUANTO AO SENADOR

Bom, certamente que a resposta maior do líder tucano será em sintonia com a preferência popular, com os acenos de Cabedelo a Cajazeiras, assegurando-lhe a cumplicidade eleitoral do futuro próximo, desde que esteja longe do projeto então esperança que se transformou em pesadelo e ingratidão.

Depois do carnaval, tudo ficará bem explicado, inclusive ao discurso do deputado Tião Gomes.

A VERDADE DOLORIDA

A agressão de Tião Gomes chegou em São Paulo como um  petardo imenso numa hora de concentração de forças e sentimentos em torno da recuperação de Dona Gloria Cunha Lima.

Expôs, desnecessariamente, uma faceta do sentimento de Tião, que jamais tomaria a decisão do discurso ingrato, senão fosse manietado pelo Governo Ricardo Coutinho, que se especializou na vida em ser assim: se humilha e busca a todos para crescer e quando atinge o objetivo desqualifica e desconhece a força recebida.

Por isso, se comparar com os amigos de todo o tempo, ele cada vez mais fica solitário e cercado ora de subservientes, ora de mercenários – tipo topa tudo por dinheiro.

A política de Ronaldo nunca foi esta, porque morreu como classe média sem fortunas porque se dedicou ao apelo e dores populares.

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“Mas tudo passa/ tudo passará…”