A gestão do governador Ricardo Coutinho vai ficar marcada por várias decisões tomadas ao longo de seu mandato, que já está no último ano. Na Educação, por exemplo, a mais traumática e de maior repercussão foi, sem dúvidas, o fechamento de 225 escolas estaduais, espalhadas em várias cidades da Paraíba, fato que gerou revolta das entidades que representam professores e educadores e, sobretudo, dos pais de alunos.
É que, com o fechamento, segundo o último relatório do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), no período entre 2012 e 1013 o número de matrículas na rede estadual de ensino caiu 25,34% na Paraíba.
No período de um ano, o número de matrículas da rede estadual caiu de 343.300 matrículas (2012) para 256.278, este ano, sem que tenha havido uma diminuição na população do Estado. A verdade é que mais de 87 mil jovens ficaram fora da sala de aula na Paraíba, seja pelo fechamento de escolas, seja por falta de uma política competente de educação.
Em Campina Grande a situação é parecida. A prefeitura de Campina Grande tomou duas medidas para este ano que estão gerando muitas críticas por parte de professores, diretores de escolas e pais de alunos. A primeira foi decretar a desativação de turmas inteiras em várias escolas; e a segunda, limitar o número de alunos matriculados por turma.
A denúncia chegou ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema – Sintab, que marcou duas assembleias com os profissionais da educação, especificamente para tratar deste assunto. As assembleias ocorrerão nesta quarta-feira (05), às 9h 3 às 15h, no ginásio da AABB.
“Não se admite, de uma hora para a outra, a Prefeitura decretar o fechamento de turmas, sem diálogo, de forma extemporânea. Isso tem causado uma aflição muito grande entre professores, diretores de escolas e, principalmente, dos pais de alunos, que tem telefonado para o Sintab reclamando e pedindo providências”, afirmou o presidente da entidade, Napoleão Maracajá, que também é vereador.
Segundo ele, Os diretores de escolas reclamam que não foram comunicados ou, em alguns casos, quando foram comunicados, o comunicado não veio a tempo de projetar o ano letivo com base na nova quantidade de turmas e da limitação nas matrículas. “Tem professor reclamando que, com o fechamento da turma, foi transferido de colégio, sem nenhum diálogo, em nenhuma discussão. Isso é um absurdo”, afirmou Napoleão.