PPS pede abertura de investigação sobre gastos de Dilma em Lisboa

Dilma

O Partido Popular Socialista (PPS) pediu nesta segunda-feira (27) à Procuradoria Geral da República abertura de inquérito civil para apurar se houve irregularidade nos gastos da comitiva da presidente Dilma Rousseff em Lisboa, em Portugal. Segundo o partido, gastos efetuados com hotel e jantar foram excessivos e desnecessários.

Após estrear no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, Dilma e sua equipe fizeram uma parada em Lisboa no último sábado (25) antes de seguir viagem para Cuba, onde realizou visita oficial segunda (27) e terça-feira (28). A escala na capital portuguesa não estava prevista na agenda presidencial e, segundo o governo, ocorreu porque o avião não tinha autonomia suficiente para o percurso da viagem, de Zurique, na Suíça, até Havana, em Cuba.

Na representação enviada à PGR, o PPS afirma que o gasto excessivo com jantar e hospedagem poderia configurar improbidade administrativa. O pedido será analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No domingo (26), depois de a passagem da presidente por Lisboa ter sido noticiada pela imprensa, o Palácio do Planalto divulgou alteração da agenda presidencial, incluindo a estadia em Portugal e, em nota, negou que a escala tenha sido “desnecessária”.

Durante a estadia em Lisboa, Dilma e sua comitiva ocuparam 30 quartos de dois hotéis da cidade, o Ritz e o Tivoli. A presidente se hospedou em uma suíte presidencial do Ritz, ao custo de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 26,2 mil.

Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, explicou que a hospedagem foi feita em hotéis porque a embaixada do Brasil em Portugal não poderia receber toda a comitiva que acompanhava a presidente.

Ainda segundo o ministro, o jantar de Dilma em Lisboa na noite do sábado com o embaixador Mário Vilalva e a ministra Helena Chagas (Comunicação) foi pago com dinheiro pessoal. “Como ocorre em todas as viagens da presidente cada um paga o seu e ela paga o dela, então não há nenhuma questão. Foi-se a um restaurante porque se precisava jantar e cada um pagou o seu”, disse.

G1