PSB de João Pessoa emite nota de pesar pela morte de militante histórico do PT

O petista Bruno Maranhão tinha 74 anos de idade

O Diretório Municipal do PSB de João Pessoa divulgou, neste domingo (26), nota de pesar pelo falecimento do engenheiro mecânico Bruno Maranhão, fundador, militante histórico e ex-integrante da Executiva Nacional do PT. Assinam o documento, o presidente Ronaldo Barbosa e secretária Guilhermina Oliveira.
Confira abaixo a nota na integra
BRUNO MARANHÃO: UM DOS NOSSOS
Morreu neste sábado (25), às 16h52, o engenheiro mecânico, Bruno Maranhão, de 74 anos, que estava internado no Hospital Memorial São José, no Derby.
Bruno Maranhão foi líder estudantil e exilado político durante o regime militar. Ele também já integrou a executiva nacional do PT. Uma de suas últimas ações foi, com o movimento dos trabalhadores rurais, a invasão do Congresso Nacional.
Ainda na sua história militante, Bruno Maranhão fundou e dirigiu o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e no PT era dirigente da Tendência Brasil Socialista. Na luta do PCBR, perdeu 12 companheiros que foram encontrados mortos e 04 desapareceram no período da Ditadura Militar. Como tendência no PT, participou das candidaturas ao cargo de prefeito do Recife e de governador de Pernambuco e da Campanha de LULA.
No PT, sempre se posicionou pela democracia interna. Um fato a ser lembrado foi seu posicionamento contra a expulsão do então militante, Ricardo Coutinho, na Direção Nacional do PT quando o PT da Paraíba levou essa questão até essa instância. Dizia ele na oportunidade: “O Partido com esse processo de caça às bruxas, só perde! Perde militantes construtores de sua história e perde por não saber dialogar com diferentes posições, no geral, perde por negligenciar um dos seus principais pilares, praticar a democracia interna”.

Bruno compreendia que “A história de toda a sociedade até aqui é a história da luta de classes”. (Marx e Engels) E foi por esta compreensão que nunca deixou de ser utópico. Lutou sempre pelo socialismo!

Conosco lutou pela fundação do PT, da CUT e pela ampliação da democracia. Conosco, fez e apoiou greves. Conosco disse não ao autoritarismo e disse sim à liberdade de organização dos movimentos sociais e dos partidos políticos.

Nas palavras de Gramsci “Existem dois tipos de políticos: os que lutam pela consolidação da distância entre governantes e governados e os que lutam pela superação dessa distância”.