‘Pleno emprego’ do PT é desmascarado pelo IBGE – por ROBERTO FREIRE
Os dados apontam um índice de desocupação de 7,4% no segundo trimestre de 2013, bem acima do percentual registrado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de 5,8% em abril e maio e 6% em junho (média de 5,9%). No Nordeste, uma em cada dez pessoas procura vaga no mercado e não encontra. O Norte também aparece acima da média nacional, com8,3% de desocupação. Em novembro do ano passado, a taxa medida pela PME chegou ao patamar de 4,6%, o que levou os arautos do lulopetismo a falarem em pleno emprego, como se isso fosse factível em um país cuja economia vem colecionando “pibinhos” ano após ano.
Outro legado perverso da era petista é a “geração nem-nem” formada por jovens que não trabalham nem estudam, que somavam 9,6 milhões em 2012 (19,6% da população entre 15 e 29 anos)
Ainda segundo a nova pesquisa do IBGE, um contingente de 6l,3 milhões de brasileiros de 14 anos ou mais não trabalha nem procura ocupação. O número corresponde a 38,5% da população em idade para trabalhar de acordo com os critérios do instituto e equivale à soma de habitantes dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Mesmo se não levarmos em conta os menores de 18 anos e maiores de 60, há 29,8 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, seja porque desistiram ou nem tentaram procurar emprego.
A pesquisa anterior do IBGE, adotada pelo governo para fazer proselitismo político, era menos abrangente e trazia dados referentes apenas às seis maiores regiões metropolitanas, com entrevistas em 44 mil domicílios. A Pnad Contínua tem amostra de 211 mil domicílios e alcança 3,5 mil municípios. Além disso, há diferenças sobre os conceitos de desocupação: a PME só considera desempregado quem está sem trabalho e procurou emprego nos últimos 30 dias. Pela nova pesquisa, basta estar sem ocupação para fazer parte do índice de desemprego.
Outro legado perverso da era petista no comando do país é a “geração nem-nem”, formada por jovens que não trabalham nem estudam, que somavam 9,6 milhões em 2012 (19,6% da população entre 15 e 29 anos), segundo dados do IBGE divulgados no fim do ano . Já o número de brasileiros que não trabalhavam nem queriam ter um emprego chegou a 16,8 milhões em novembro de 2013, ante 15,8 milhões no mesmo mês de 2012.
Por fim, os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo próprio Ministério do Trabalho, apontam que o Brasil amargou, em 2013, o pior resultado na geração de empregos em dez anos, com a criação de 1,1 milhão de novos postos com carteira assinada (índice 14,1% inferior ao de 2012).
Como se vê, nem a poderosa máquina de propaganda do governo é capaz de iludir a população o tempo todo. A falácia do “pleno emprego”, construída meticulosamente com base em números escamoteados e levantamentos pouco abrangentes, foi desmascarada pela dura realidade vivida por milhões de brasileiros. Como há tempos vem alertando a oposição, desqualificada por Dilma e seus serviçais, o castelo de cartas do PT começou a ruir.
BRASIL ECONÔMICO