Segura a onda
Michel Temer deixou a reunião com Dilma Rousseff, ontem, no Palácio do Planalto, com uma certeza: é hora de convencer seus pares a baixar armas e dar um voto de confiança a Dilma. O rumo da conversa deu a Temer a sensação de que o panorama não é mais tão assustador quanto pareceu no encontro anterior, quando ficou claro que o aumento de espaço do PMDB na Esplanada não sairia fácil como sonhavam os peemedebistas.
Temer, agora, quer que seus correligionários baixem o tom das críticas para não agravar a crise e evitar o risco de fechar a porta das negociações. Esse é o desejo de Temer, mas conter a língua de Vital do Rêgo e companhia será tão ou mais trabalhoso do que conquistar ministérios.
Henrique Alves invocado
A propósito, Henrique Eduardo Alves era um dos mais exaltados na reunião da cúpula do PMDB, no Palácio Jaburu, que aconteceu depois da conversa entre Michel Temer e Dilma. Entre os correligionários, há a avaliação que Henrique Alves ficou magoado por não ter sido convocado nem por Temer nem pelo Palácio do Planalto para comparecer ao encontro com Dilma. Para piorar, Renan Calheiros esteve presente, acompanhando Temer.