O PSB paraibano parece interessado, agora, em recompor o antigo quartel, aquele que patrocinou todas as vitórias eleitorais de Ricardo Coutinho, até hoje. Foi a ruína dele que o empurrou para a primeira grande derrota de seu projeto, ocorrido na eleição de 2012, em João Pessoa.
São contundentes, e humildes, as mensagens repassadas à mídia, pelo governador e vários de seus correligionários, que chamam o atual vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, de volta ao reduto, onde exerceu, sem qualquer derrota, a função de articulador e estrategista.
Se for este o propósito, está certo Ricardo e o PSB. Não se deveria mexer em tropa que está vencendo. Cabe ao general de tudo fazer para manter a unidade vitoriosa. Não foi assim que Ricardo agiu, um pouco lá atrás. Agora, a empreitada seria a de consertar o erro.
Mas, não parece estar sendo fácil. Embora que em política seja necessário estar sempre alerta às declarações… dos políticos, Nonato tem emitido sinais que, embora não sejam exatamente inamistosos, não permitem vislumbrar reaproximação com o antigo grupo.
O ex-aliado de Ricardo anda muito amigo do tucano Cássio Cunha Lima, e não esconde o vínculo. E diz mais: sua segunda opção, no caso de Cássio faltar ao pleito majoritário de 2014, seria a do chamado Blocão, onde se inclui o PT, aliado, no momento, ao PPS de Nonato, na Paraíba.
Além de Nonato, se quiser recompor a antiga e vitoriosa cidadela, Ricardo vai ter de buscar outras três peças importantes em suas históricas vitórias: Luciano Agra, Roseane Meira e Alexandre Urquiza. Só que as mágoas, de ambos os lados, são incomensuráveis.
Incomensuráveis, embora não definitivamente instransponíveis. Os três não foram levados em consideração pelo PT, na atual gestão pessoense, e também estão magoados com os seus neo-aliados, para cuja vitória acreditam ter desempenhado papel do tipo ‘sine qua non’.
Sem conseguir recompor a antiga fortaleza, e prestes a perder seu neo – e fundamental – aliado Cássio Cunha Lima, que está perto mesmo é de se transformar em fortíssimo adversário, o início de ano de 2014 para Ricardo e o PSB paraibano se revela meio sombrio.
Embora os ventos da política costumem mudar em uma velocidade estonteante.