Por Josival Pereira
O ano de 2014, até outubro, quando se realizam as eleições gerais para presidente, governador e para o parlamento nacional e dos Estados, será marcado por incógnitas no campo da política.
Pesquisas e previsões são feitas levando-se em consideração basicamente a conjuntura de hoje, mas existe a perspectiva concreta de ocorrências que podem alterar o curso dos acontecimentos.
No plano nacional, por exemplo, o curso da disputa eleitoral pode ser chafurdado pela volta de manifestações de protestos, pelo resultado da Copa do Mundo ou pelo desempenho da economia.
É praticamente impossível se traçar qualquer prognóstico sobre a disputa eleitoral se a população voltar às ruas em maio ou junho como ocorreu em 2013. A onda de protestos derrubou a popularidade de quase todos os políticos, o que faz da possibilidade do retorno das manifestações uma grande incógnita para as eleições não apenas para presidente, mas para governador, senador e deputado federal.
A Copa do Mundo também será um elemento promotor de imprevisibilidade para a disputa eleitoral. Se o Brasil vencer a Copa e não houver maiores problemas na organização do evento, a presidente Dilma Rousseff e o PT se fortalecem e ganham chances reais de manterem o poder. Ao contrário, ou seja, se o Brasil perder o campeonato, com certeza, abrir-se-á uma nova incógnita no campo da política.
O desempenho da economia também poderá ser elemento capaz de desequilibrar a campanha para presidente.
Paraíba
Na Paraíba, a grande incógnita fica na conta do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Sua candidatura ou não a governador terá forte influência na disputa eleitoral, podendo ser decisiva.
Outro elemento capaz de modificar as previsões políticas no Estado diz respeito à vontade popular. Há um processo de renovação política em curso desde a eleição de Ricardo Coutinho para prefeito de João Pessoa, em 2004, e de Veneziano Vital do Rego, em Campina Grande. O processo avançou com a vitória de Ricardo para governador, em 2010, e a eleição de Luciano Cartaxo para prefeito de João Pessoa, em 2012.
E agora? Difícil saber como o eleitor paraibano vai se comportar.
A verdade é que ainda está muito cedo para se fazer previsões ou prognósticos eleitorais, especialmente por causa das incógnitas anotadas, além de outras.