
Paraíba - A Justiça da Paraíba decretou, nesta quarta-feira (5), um novo pedido de prisão preventiva contra o médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de abusar de crianças durante consultas. A decisão foi proferida pela juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, no mesmo dia em que o acusado completa quatro meses foragido.
Fernando Cunha Lima já havia tido um mandado de prisão expedido em 5 de novembro de 2024 pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba. Agora, com a nova decisão judicial, a magistrada reforça a necessidade da prisão para garantir a ordem pública e evitar que o médico continue se esquivando da Justiça.
Segundo a decisão, a conduta do acusado de permanecer foragido demonstra uma intenção deliberada de evitar a aplicação da lei penal. “Tal circunstância, por si só, demonstra o risco concreto à instrução processual e à execução de eventual pena, legitimando a decretação da prisão preventiva, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Ademais, o crime imputado ao denunciado é de extrema gravidade”, destacou a juíza Virgínia Gaudêncio.
Ainda conforme a magistrada, a gravidade do delito e suas repercussões exigem uma resposta proporcional do Estado para garantir a ordem pública e evitar a repetição do crime. “O comportamento do réu, ao se furtar à ação da Justiça, demonstra sua ausência de compromisso com o cumprimento das determinações judiciais, reforçando o risco concreto de evasão e reiteração delitiva”, pontuou a juíza.
Diante disso, a magistrada determinou a nova prisão preventiva de Fernando Cunha Lima, com o objetivo de assegurar a aplicação da lei penal e prevenir novos crimes. Até o momento, o paradeiro do médico segue desconhecido, e ele continua sendo procurado pelas autoridades.