Durante a sessão ordinária desta terça-feira (11) na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), o vereador Guguinha Moov Jampa (PSD) afirmou estar sendo alvo de ataques por defender uma maior fiscalização na rede municipal de saúde. O parlamentar tem recebido críticas desde que apresentou um projeto de lei que propõe a obrigatoriedade do ponto eletrônico digital para médicos e demais profissionais da saúde, além da proibição do uso de celulares durante o expediente.
“Eu estou sentindo na pele os ataques. O que eu estou recebendo nas minhas redes sociais, com médicos me atacando no privado, são palavras de baixo calão. Médico é intocável. Ninguém toca em médico, essa é a verdade”, declarou Guguinha Moov Jampa. O vereador também relatou que realizou fiscalizações em unidades de saúde no bairro dos Novaes, onde encontrou apenas um médico presente no início da manhã.
O projeto de lei apresentado por Guguinha propõe a instalação de ponto eletrônico em hospitais, UPAs, UBSs, PSFs e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), com a obrigatoriedade do registro de presença a cada duas horas. O objetivo, segundo o vereador, é evitar a evasão de profissionais e garantir um atendimento eficiente à população. “A população de João Pessoa merece respeito. Precisamos fiscalizar se os médicos estão indo trabalhar”, reforçou.
A justificativa do vereador destaca a necessidade de coibir fraudes no registro de jornada de trabalho e a evasão de profissionais após o registro de ponto. “Muitos usuários reclamam da falta de presença de profissionais nas unidades de saúde, mesmo quando estão lotados. A implementação do ponto eletrônico permitirá um controle mais rigoroso e transparente”, afirmou Guguinha Moov Jampa.
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Além disso, a proposta proíbe o uso de celulares em ambientes críticos, como blocos cirúrgicos e UTIs, onde a contaminação e interrupções podem comprometer a segurança dos pacientes. O vereador ressaltou que a presença de celulares em ambientes hospitalares representa um risco à saúde, citando estudos que mostram a presença de coliformes fecais em muitos aparelhos.
A comunicação interna nas unidades de saúde deverá ser realizada por meio de radiocomunicadores, evitando assim o uso de celulares e garantindo um fluxo de informações mais seguro e eficiente. O projeto também prevê a instalação de câmeras de monitoramento para acompanhar os serviços prestados e auxiliar na apuração de eventuais irregularidades.
Assessoria de Imprensa
