Um vereador foi acusado de invadir a emergência de um hospital em Felício dos Santos, cidade a 369 km de Belo Horizonte. Funcionários da instituição denunciam Wladimir Canuto (Avante) por agressão verbal e física. O paciente que estava sendo atendido no momento da confusão morreu.
Em posicionamento divulgado nas redes sociais, o vereador alega que estava na unidade hospitalar para fiscalizar o atendimento, após receber denúncias de falta de médicos. O parlamentar disse que não chegou a entrar na sala.
“Eu só perguntei se tinha médico naquela sala. Fechei a porta e saí”. Canuto diz ainda que “não tem ninguém que prove que eu agredi alguém fisicamente”.
PREFEITURA E MÉDICO QUESTIONAM VERADOR
A prefeitura repudiou a ação. Em nota divulgada nas redes sociais, o prefeito Weniton William França (PRD) declarou que a invasão na “sala vermelha” durante o atendimento a um paciente em risco de morte foi um ato “bruto e injustificado”, que “não condiz com o mínimo de humanidade e empatia esperado de um ser humano”.
A médica Larissa Vieira, que estava atendendo na emergência no momento da invasão, criticou a atitude do vereador. Nos comentários da publicação de Canuto, ela afirmou que realizava um “atendimento de alta complexidade” e que sua entrada na sala interrompeu um procedimento crítico.
PROJETO DE LEI PARA CRIMINALIZAR INVASÕES DE HOSPITAL
Um projeto de lei que tipifica como crime a entrada, permanência ou invasão em áreas de acesso restrito de hospitais, sem autorização, está tramitando na Câmara Federal desde 2020. A proposta prevê pena de 3 a 6 meses de detenção ou multa, e de 6 meses a 2 anos em casos envolvendo violência, grave ameaça ou mais de uma pessoa. Em 2023, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, mas desde então segue parado.
Fonte: R7
Créditos: Polêmica Paraíba