Um site jornalístico da capital publicou, na quarta-feira (28), uma matéria informando que a Polícia Militar da Paraíba havia deflagrado uma operação na qual mencionava a suposta ligação de um policial militar e um advogado com facções criminosas na Grande João Pessoa, com foco na cidade de Cabedelo.
Seguindo os preceitos do bom jornalismo, o site optou por não divulgar os nomes dos envolvidos, preservando sua identidade no início das investigações para evitar possíveis danos à honra.
Surpreendentemente, o blog VOXPB anunciou, na quinta-feira (29), o nome do advogado, uma revelação inesperada, visto que é incomum no jornalismo paraibano expor os nomes dos investigados em fase inicial do processo. Essa prática visa resguardar a imagem dos envolvidos até que as investigações avancem.
O aspecto mais curioso, contudo, é que o processo criminal em questão teve início recentemente e tramita sob segredo de justiça, levantando suspeitas de que algo além do jornalismo tradicional possa estar por trás da divulgação apressada do nome do advogado. Além disso, a matéria foi publicada mais de uma vez pelo mesmo blog, que fez questão de enfatizar que o advogado continuava foragido.
A investigação sobre a postura do blog revelou informações surpreendentes, deixando a comunidade jurídica e a sociedade perplexas, como se fosse uma trama digna das conspirações medievais.
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Ocorre que o blog VOXPB pertence ao advogado campinense Luiz Gustavo Silva Moreira, que também é o atual gestor do escritório de Harrison Targino em Campina Grande. Além disso, Luiz Gustavo ocupa o cargo de conselheiro estadual da OAB-PB e é amplamente conhecido na Paraíba por sua relação de amizade próxima com Harrison Targino, atual presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
Essa relação de proximidade, no entanto, parece não ser mera coincidência, principalmente considerando a fama de Harrison Targino como um gestor que, por vezes, toma decisões de cunho pessoal em detrimento dos interesses institucionais da OAB.
O advogado Joallyson, exposto pelo blog, atua na área criminal e, no exercício regular da advocacia, patrocina ações penais privadas (calúnia, injúria e difamação) na Justiça Federal contra Harrison Targino.
Em vez de acionar os meios para a defesa institucional do advogado, — ainda mais em um contexto de crescente criminalização da advocacia criminalista —, o presidente da seccional parece estar, ao contrário, utilizando sua posição para perseguir um inscrito na Ordem. Sua atitude sugere um uso pessoal do cargo, como se fosse uma extensão de seus interesses particulares.
Diante dessa grave suspeita, que coloca o presidente da OAB na contramão da defesa da categoria e sugere uma possível retaliação, o caso deve ser analisado pelo Conselho Federal da OAB. Um advogado que preferiu não se identificar ressaltou que a fama de perseguidor de Harrison Targino é amplamente reconhecida na comunidade jurídica
