Anunciada pela própria presidente Dilma Rousseff em sua viagem ao Peru, a reforma ministerial do final do ano ou início do próximo pode levar o ministro Aloizio Mercadante (Educação) para o comando da Casa Civil.
Outra troca em análise é a nomeação do empresário Josué Gomes da Silva, filho do vice-presidente José Alencar (1931-2011), para o lugar de Fernando Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Dilma deve enfim nomear também o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o Ministério da Integração Nacional, prometido ao partido desde a saída do PSB do governo. Com isso, agradaria Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado e fiador da postulação de Vital.
Dilma fará mudanças na equipe daqui a dois meses para substituir os ministros que vão disputar a eleição em 2014, casos de Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Alexandre Padilha (Saúde) e Pimentel.
Mercadante já foi dado como nome certo no posto de Gleisi, que será candidata pelo PT ao governo do Paraná, mas sua cotação havia perdido força depois de a presidente ter desaprovado algumas de suas articulações, como críticas ao Congresso.
Agora, volta a ser considerado como provável chefe da Casa Civil no ano da eleição presidencial, deixando de ir para o comando da campanha da reeleição de Dilma. Esta, porém, ainda não é uma hipótese descartada.
A ida de Josué, que recentemente se filiou ao PMDB, para o ministério teria duplo significado: agradar o partido do vice Michel Temer e criar uma ponte com o setor empresarial, descontente com o governo Dilma.
O empresário era citado como candidato a vice na chapa do petista Pimentel, que disputará o governo de Minas, mas os peemedebistas mineiros defendem outro nome para o posto -o do ministro Antonio Andrade (Agricultura), outro que deixará a equipe nos próximos meses.
Caso Josué e Vital do Rêgo emplaquem, contudo, os peemedebistas podem perder um dos ministérios que comandam. Pode ser o do Turismo, pasta ocupada por Gastão Vieira, que será candidato a deputado no próximo ano.
Além de Gleisi e Pimentel, outro ministro do PT que disputará um governo é Alexandre Padilha, em São Paulo.
Ele deve ser substituído na Saúde pelo seu secretário de Gestão do Trabalho e Educação, Mozart Sales, dentro da estratégia de manter na pasta um nome que já esteja familiarizado com o programa Mais Médicos, uma das bandeiras eleitorais de Dilma.
Além de lidar com o aliado principal, Dilma deverá barganhar para assegurar apoio de siglas como PP, PSD e Pros na campanha.
Assim, o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), da cota do PP, pode ser substituído pelo presidente do partido, o senador Ciro Nogueira (PI).
Uma alternativa ao nome de Mercadante na chefia da Casa Civil, caso ele acabe no comando da campanha, é o da ministra Miriam Belchior (Planejamento).
A pasta de Belchior poderia, então, ficar com o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), petista que já a ocupou no governo Lula. VALDO CRUZ DE BRASÍLIA – IGOR GIELOW – DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA