O sertanejo que mudou a história do rádio na Paraíba

Filho primogênito de dona Joana, que foi artista de circo, e de seu Nogueira, fotógrafo. Seu pai faleceu quando ele ainda era criança, e dona Joana teve que segurar a barra para criá-lo sozinha.

Com uma trajetória de vida belíssima, de bem com a vida, bem-humorado e determinado, Gutemberg é amante do futebol — e não é só de assistir, ele também joga. Solteiro e pai de dez filhos, mesmo com sua rotina cansativa, ele não dispensa um bom vinho com os amigos. Apaixonado por livros e cinema, também tem na sua lista de lazer viajar e curtir shows. Guto se descreve como um grande festeiro.

Com os olhos brilhando, “não tenho dúvidas que com os mesmos olhos daquela criança”, Gutemberg relembra sua infância e o seu primeiro dia na escola Duque de Caxias, onde era um menino curioso, inteligente e obediente.

Aos nove anos, um acontecimento marcante em sua vida foi a estreia da Rádio Difusora de Cajazeiras. Ele lembra como se fosse hoje: “jogava bola com os colegas bem embaixo da rádio e passava horas ouvindo a programação”. Foi aí que começou sua paixão! Aquele pequeno garoto juntava as crianças de sua rua, e todos brincavam de ser radialistas.

Aos dez anos, começou a vender pão doce para ajudar sua mãe. Aprendeu desde cedo a batalhar pelo que desejava, sempre com muita garra e coragem.

Aos doze anos, entusiasmado, chegou em casa e disse à dona Joana que queria trabalhar na rádio. Ela o levou à Difusora de Cajazeiras, onde o diretor explicou que ele ainda era muito jovem e só havia vaga de copeiro para entregar café. Sem pensar duas vezes, aquele menino levantou a mão e disse: “Eu quero!”.