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LEMBRA DELES? Relembre ex-Vereadores da Capital que sumiram da política paraibana

A política é uma ciência muito dinâmica. Candidatos se mantém no mesmo cargo por décadas, enquanto outros aparecem e somem

LEMBRA DELES? Relembre ex-Vereadores da Capital que sumiram da política paraibana

A política é uma ciência muito dinâmica. Candidatos se mantém no mesmo cargo por décadas, enquanto outros aparecem e somem da vista dos eleitores em um passe de mágica.

Aqui na Paraíba, temos verdadeiras dinastias que se perpetuam em Prefeituras e no poder legislativo, o que traz uma sensação de menor rotatividade nas Assembleias e Câmaras Municipais.

Mas isso não é uma regra pré-estabelecida e vários políticos que ficaram no centro dos holofotes por décadas, hoje lutam por cargos ou desistiram completamente da vida partidária.

Nessa matéria, o Polêmica Paraíba apresenta os principais casos de ex-Vereadores da Capital que sumiram da política paraibana.

Santino: A vitória de Santino nas eleições de 2012, se coloca dentre as maiores surpresas da política paraibana. Um candidato desconhecido, sem apoio financeiro, conseguir atingir quase 2.600 votos em sua estreia, é algo bastante incomum na nossa história.

Após os quatro anos de mandato, Santino tentou se reeleger em 2016. mas atingiu apenas 890 votos, naquela que foi sua última eleição.

João dos Santos: Dentre os nomes citados na matéria, João dos Santos é aquele com maior número de mandatos na Câmara Municipal. Após ficar como primeiro suplente em sua estreia no ano de 1992, João se elegeu Vereador em 96 e se reelegeu quatro anos depois.

No pleito de 2004, acabou decepcionando e ficou apenas na terceira suplência da coligação, mas se recuperou quatro anos depois, na primeira de três vitórias seguidas, com a melhor votação sendo em 2016.

Após cinco mandatos, sendo três consecutivos, João abriu mão da reeleição para a entrada do filho, Emano, que se elegeu com mais de 4 mil votos.

Mas essa não foi a despedida do ex-Vereador da política, pois ainda disputou uma vaga na Assembleia em 2022, mas não conseguiu se eleger.

Raoni Mendes: A trajetória de Raoni Mendes começou no pleito de 2006, quando ficou na suplência por uma das vagas na Assembleia. Nas eleições de 2008, atingiu quase 4 mil votos, sendo o primeiro suplente da sua coligação.

Quatro anos depois, consegue praticamente dobrar a sua votação e é o Vereador mais bem votado da Capital, com 7.832 votos. Amparado por sua ótima votação, tenta se eleger Deputado Estadual em 2014, ficando na segunda suplência da coligação.

Após decidir não buscar a reeleição na Câmara Municipal em 2016, se coloca mais uma vez como candidato à Deputado, sendo mais uma vez, o segundo suplente.

As boas votações em pleitos estaduais, o credenciaram a disputa pela Prefeitura da Capital em 2020, ficando na sétima colocação. Em 2024, tentou um retorno a Câmara, mas mesmo tendo uma boa votação, ficou na primeira suplência do Democracia Cristã.

Sérgio da SAC: Evandro Sérgio de Azevêdo Araújo, mais conhecido pelo apelido de Sérgio da SAC, apareceu pela primeira vez na política, no pleito de 2008, quando foi eleito Vereador ao atingir 3.723 votos.

Reeleito em 2012, Sérgio ficou apenas na segunda suplência da sua coligação no pleito seguinte, mesmo atingindo quase 3.500 votos.

Após não ser eleito em 2020, Sérgio tentou mais um retorno a Câmara na últimas eleição, mas obteve apenas 655 votos.

Tavinho Santos: Aristóvara de Souza Santos, mais conhecido pelo apelido de Tavinho, começou sua trajetória política no pleito de 1992. Nome muito ligado ao bairro do Róger, Tavinho foi eleito em sua primeira disputa, com pouco mais de 1.120 votos.

Reeleito no pleito seguinte, Santos ficou como primeiro suplente nas eleições de 2000, mesmo atingindo mais de 3500 votos. Tavinho retornou à Câmara em 2004, sendo o décimo Vereador mais votado, tendo 4.562 votos.

O Vereador tentou se tornar Deputado Estadual em 2006, mas acabou sendo apenas um dos suplentes de sua coligação. Em 2008, não conseguiu retornar a Câmara Municipal, ficando como primeiro suplente, mesmo tendo uma ótima votação.

Ainda tentou sem sucesso, ser Vice-Prefeito da Capital na chapa encabeçada por José Maranhão em 2012, e Vereador em 2016, 2020 e 2024, tendo como melhor votação, os números do pleito de 2020.

Geraldo Amorim: Ex-Policial Federal e importante representante da classe no âmbito sindical, Amorim disputou sua primeira eleição no ano 2000, quando ficou na segunda suplência da coligação.

Após disputar o pleito de 2002, como primeiro suplente de Senador, na chapa encabeçada por Bala, Geraldo é eleito Vereador em 2004, ao atingir quase 3.900 votos, se reelegendo no pleito seguinte como um dos mais bem votados daquela eleição.

Amorim foi colocado como candidato à Câmara Federal em 2010, mas ficou apenas na sétima suplência da coligação. Mas o que mudou a carreira política do Vereador, foi a decisão de não disputar uma reeleição certa em 2012, por acreditar que políticos não devam exercer mais do que dois mandatos consecutivos.

Geraldo não ficou longe da política, pois foi alçado a Secretário de Segurança da Prefeitura na gestão Cartaxo, deixando o posto apenas em 2018, quanto tentou mais uma vez, uma vaga em Brasília, naquela que foi sua última eleição;

Lucas de Brito: Filho do famoso jurista e procurador Eitel Santiago Pereira, Lucas disputou sua primeira eleição em 2008, ficando na primeira suplência da coligação, com apenas 23 anos.

Eleito em 2012 e reeleito em 2016, sendo o nono Vereador mais votado, ao atingir pouco mais de 5 mil votos, Lucas tentou uma vaga na Assembleia em 2020, mas não foi vitorioso.

Sua última eleição foi o pleito de 2020, quando ficou na segunda suplência do PV.

Aníbal Marcolino: Médico bastante respeitado na Capital, Aníbal Marcolino se aventurou na política pela primeira vez em 2002, quando tentou uma das 36 vagas para a Assembleia, ficando na segunda suplência.

A boa votação o credenciou a disputar um mandato na Câmara Municipal, sendo eleito com quase 7 mil votos, o segundo mais votado daquele pleito. Após ter uma ótima votação em outro pleito visando à Assembleia em 2006, Aníbal é alçado a Vice na chapa encabeçada por João Gonçalves, que acaba sendo derrotada por Ricardo Coutinho ainda em primeiro turno.

Em 2010, consegue se eleger Deputado Estadual ao atingir pouco mais de 20 mil votos, naquela que foi sua última vitória em uma eleição.

O médico ainda tentou retornar a Assembleia em 2014 e 18 e a Câmara em 2016 e 20, mas não obteve sucesso nessas empreitadas.

Nadja Palitot: Importante advogada criminalista, Nadja Palitot estreou na política em 1992, ficando na primeira suplência do PDT, por uma das vagas na Câmara da Capital.

Após uma boa votação na disputa por um mandato de Deputada Federal em 94, Nadja se coloca como candidata à Prefeita da Capital em 1996, ficando na quarta colocação.

Palitot ficou na suplência por uma vaga na Assembleia em 98 e mais uma vez na disputa pela Câmara Municipal em 2000, até conseguir se eleger pela primeira e única vez em 2004, quando foi a quarta Vereadora mais votada do pleito.

A Vereadora quase se tornou Deputada Estadual em 2006, se colocando na primeira suplência do PSB, mas a partir dessa eleição o número de votos acabou decaindo e Nadja nunca mais conseguiu chegar perto de se eleger.

A sua última tentativa foi em 2020, quando disputou a Prefeitura de Bayeux, ficando na última colocação, dentre oito candidatos.

Paula Frassinete: A carreira de Paula começa com uma derrota na disputa por uma das 36 vagas da Assembleia em 1990. 10 anos depois, a petista na época retorna às eleições, tentando se eleger Vereadora, ficando na terceira suplência da coligação.

Na eleição seguinte, acontece sua única vitória, quando já no PSB, é eleita para a Câmara Municipal no primeiro mandato de Ricardo Coutinho.

Ainda tentou retornar a Câmara em 2008,12 e 16, mas não obteve sucesso. A última aventura política de Frassinete foi no pleito de 2020, quando foi candidata à Vice na chapa encabeçada por Ricardo Coutinho, que ficou na sexta colocação na disputa pela Prefeitura de João Pessoa.

Bira: A trajetória política de Bira Pereira foi meteórica. Após ser chefe de gabinete do primeiro mandato de Ricardo Coutinho, Bira foi candidato em 2008 e se elegeu com pouco mais de 6 mil votos, sendo na ocasião o terceiro parlamentar mais votado.

O Vereador consegue se reeleger com uma ótima votação em 2012, mas acaba se colocando em uma situação de briga contra pessoas do partido, após a decisão de apoiar Luciano Agra na cisão com o então Governador Ricardo Coutinho, pouco antes daquela eleição.

Após sair do PSB, teve uma rápida passagem pelo PT onde foi candidato à Câmara Federal em 2014 e ao se filiar no PSD, onde disputa à reeleição em 2016, quando fica apenas em uma das suplências da coligação.

Bira ainda foi por um tempo Secretário do segundo Governo Cartaxo e atualmente foca suas atenções para o ramo da psicologia.

Fernando Milanez: Filho do ex-Deputado Estadual Fernando Milanez, o jovem político a época tentou assumir o espaço deixado pelo pai, se candidatando a Assembleia em 1990 e 94, sem sucesso.

Após ficar na suplência em sua primeira eleição para Vereador em 1996, Milanez é eleito quatro anos depois, como o nono parlamentar mais votado do pleito. Não consegue se reeleger em 2004, mas retorna na eleição seguinte, ao atingir mais de 5 mil votos.

Milanez ainda teve mais um mandato na Câmara, até sair da vida pública para abrir espaço para o filho, Milanez Neto, que conseguiu assumir o posto deixado pelo pai, e que está em seu terceiro mandato como Vereador da Capital.

Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba