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Sabia que a luz do celular à noite pode engordar? Veja a relação com o metabolismo

Sabia que a luz do celular à noite pode engordar? Veja a relação com o metabolismo

A luz azul emitida por telas de celulares, computadores e até mesmo por lâmpadas domésticas não afeta só os nossos hábitos noturnos. Um estudo da Northwestern University revelou que esse tipo de luz, especialmente à noite, pode estar alterando diretamente o nosso metabolismo e contribuindo para o ganho de peso, além de abrir portas para condições graves como obesidade e diabetes.

A pesquisa envolveu 19 adultos saudáveis, que se expuseram a dois tipos de luz. A primeira era “intensa”, com a predominância da luz azul, enquanto a segunda era “fraca”, de tonalidade avermelhada, similar à de velas. Os resultados foram, portanto, surpreendentes: todos os participantes expostos à luz intensa desenvolveram resistência à insulina, favorecendo o acúmulo de glicose no sangue. O impacto foi ainda mais forte nos indivíduos expostos à luz intensa durante a noite.

Pesquisadores também estudaram amplamente a relação entre luz azul e distúrbios no sono. Esse tipo de luz interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação do sono, o que pode causar insônia e, consequentemente, levar ao ganho de peso. Ou seja, dormir mal pode se tornar um fator determinante para o aumento de peso, criando um ciclo vicioso de problemas de saúde.

Luz azul afeta mais as mulheres

Além disso, outro estudo publicado no Journal of the American Medical Association indica que a exposição à luz durante o sono pode contribuir para o ganho de peso. Esse efeito afeta especialmente as mulheres. Os dados mostram que mulheres que dormiam com luz acesa tinham 22% mais chance de ganhar peso e 33% mais propensão a desenvolver obesidade. Em média, essas mulheres ganharam 5 kg a mais em um ano.

Essas pesquisas apontam para um fenômeno cada vez mais comum em nossas rotinas digitais: a luz azul das telas está perturbando nosso relógio biológico. Isso afeta nosso metabolismo, sem que percebamos o impacto no nosso corpo.

Para combater esses efeitos, especialistas recomendam a adoção de lâmpadas de cor quente (amarelada) em casa. Além disso, sugerem o uso de aplicativos, como o f.lux, que ajustam a tonalidade das telas para uma cor mais amarelada à noite.