A avenida Sinésio Guimarães é uma das mais importantes da Torrelândia, com muito comércio e empresas diversas, mas também bastantes endereços residenciais.
Ela atravessa no sentido Oeste-Leste praticamente todo o bairro, entre as vitais avenidas Bento da Gama e Rui Barbosa. Não fosse a rua Barão da Passagem, que lhe dá nítido seguimento, chegaria até a avenida Ministro José Américo (a Beira Rio, que lhe é paralela), após curva, ao sul.
A via homenageia figura notável do mundo intelectual e jornalístico da João Pessoa da primeira metade do Século XX. Nascido em 1897 na cidade de Bananeiras, faleceu em 1952, em torno dos 55 anos, no Rio de Janeiro. Formado em Direito, foi diretor dos jornais A União e O Liberal, além de redator de O Norte.
Também publicou algumas obras forenses, além de atuar na administração pública estadual como membro do Conselho Penitenciário. Contudo, foi na equipe de uma das mais festejadas revistas já editadas na Paraíba, a Era Nova, que Sinésio Guimarães construiu sua fama, na mesma amplitude temporal da publicação, ou seja, até hoje.
Junto com Severino de Lucena (o diretor), Epitácio Vidal, Vieira d’Alencar, Lima Júnior e Mardokêo Nacre, sob os auspícios do governo (outubro de 1920 a outubro de 1924) do também bananeirense Solon de Lucena, o redator-chefe Sinésio Guimarães manteve a Era Nova entre 27 de março de 1921 e 30 de dezembro de 1925, tempo total de existência da revista.
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O assalto ao 22º Batalhão de Caçadores, em João Pessoa, ocorreu durante a Revolução de 1930, o movimento armado que resultou na deposição
Com esmerado resultado gráfico, o periódico quinzenal foi símbolo dos fantásticos anos 1920, em João Pessoa, veiculando conteúdo nos campos da arte, da literatura, da crítica, do colunismo social e da moda daquela época, marcada por grande efervescência cultural e de costumes, no mundo.
Mas também por mudanças estéticas significativas na urbe pessoense, então cidade da Parahyba, provocadas pelo boom do algodão e pelo governo presidencial do umbuzeirense Epitácio Pessoa.
Conjuntura que se não mudou o tradicionalismo provinciano reinante, no rumo das transformações dos Anos 20, ensejou publicações mais elaboradas, como foi o caso da Era Nova.
Foto de A União.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba
