Opinião

Prefeitura de Campina: O “Bateau Mouche” paraibano. Quem são os culpados? - Por Gildo Araújo

Enquanto a nossa capital paraibana, João Pessoa, é um dos locais mais desejados por pessoas do mundo todo

Foto: Reprodução
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Enquanto a nossa capital paraibana, João Pessoa, é um dos locais mais desejados por pessoas do mundo todo, sendo destaque nacional e internacional, a nossa Campina Grande, depois da gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (UB), vislumbra-se apenas decepções.

Quem não lembra da tradicional canção do alagoagrandense Jackson do Pandeiro quando homenageou com muita maestria a nossa Rainha da Borborema, onde em uma de suas letras diz: “Alô, alô, minha Campina Grande, quem te viu e quem tiver, não te conhece mais, Campina Grande tá bonita, tá mudada, cheia de cartaz. Recebe turista o ano inteirinho, ao seu visitante, trata com carinho, quem vai a Campina, pede pra ficar…

Em tudo, fazia-se uma alusão à exuberância e ao aconchego de Campina, terra de um povo trabalhador e acolhedor. Lugar em que o próprio cantor Gilberto Gil, um dia declarou: “Campina é meio New York”, onde tudo o que acontece passa por ela, cidade com visão cosmopolita.  Entretanto, infelizmente, o que se nota nos dias de hoje é que quanto mais a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima perdura, mais o povo campinense se depara com penúrias e lástimas. 

Até parece que virou rotina conviver com tantos problemas, dado os transtornos constantes causados à população. Para exemplificar, basta ver o que vem acontecendo com o Hospital Help que, segundo a imprensa, o governo Bruno Cunha Lima está devendo mais de R$ 4 milhões de reais, sem falar em uma empresa terceirizada de vigilância que também está reclamando da falta de repasse financeiro por parte da Secretaria de Saúde do município para que possa efetuar o pagamento dos vigilantes que prestam serviços à Secretaria de Saúde.

A verdade é que a Prefeitura de Campina Grande, infelizmente, parece que se transformou num verdadeiro “Bateau Mouche IV” (Barco que afundou na Baía da Guanabara, no dia 31 de dezembro de 1988, no Rio de Janeiro, deixando vítimas fatais).

É bom que se diga que a sorte da cidade ainda são os vultosos recursos conseguidos junto ao governo Lula, pelo senador paraibano, o campinense Veneziano Vital do Rêgo (MDB), e algumas emendas advindas do também senador Efraim Filho (UB), e até da própria senadora Daniella Ribeiro (PSD); além dos deputados Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) e Romero Rodrigues (Podemos), pois se fosse depender de ações oriundas da gestão de Bruno, Campina só estaria com obras do Governo do Estado.

E como se não bastasse todo esse acervo de fatos ruins, as contas de campanha do prefeito Bruno Cunha Lima foram reprovadas pela Justiça Eleitoral, cuja decisão da Juíza Daniela Falcão Azevedo, da 17ª Zona Eleitoral determina a devolução ao Tesouro Nacional de R$ 272.486,48, com acréscimo de juros e correção monetária. Aliás essa reprovação pode ter desdobramentos e consequências imprevisíveis, a ponto de a Justiça até afastar o prefeito de suas funções.

Muita água ainda irá passar por debaixo dessa ponte campinense.

Diante de todo esse contexto de absurdos, ainda nos questionamos: será que não houve uma omissão indubitável do deputado Romero Rodrigues? Quando ele (Romero) poderia ter sido candidato e salvar Campina desse vexame que hoje toda população está sentindo.

Mas, o que vemos é que ele achou melhor apoiar o que seria o pior para a Rainha da Borborema, e a população é aquela que continuará pagando o preço da escolha, já que em sua grande maioria foi persuadida por suas lideranças políticas, infelizmente.

A permanecer com essa performance administrativa, será que a população campinense irá suportar mais quatro anos de Bruno Cunha Lima à frente da Prefeitura? A pergunta que não quer calar: será que diante dessa péssima gestão municipal, o prefeito Bruno Cunha Lima ainda teria a ousadia de deixar a Prefeitura de Campina Grande para disputar uma senatória ou quiçá um Governo da Paraíba?

Creio que seria muita coragem ou petulância, pois quem viu aquele jovem impetuoso, eloquente na Assembleia Legislativa realizando discursos atraentes e um trabalho social que chamou atenção dos paraibanos, e vê-lo hoje, como prefeito de Campina, a sensação é só de muita decepção.

Se a oposição estiver sonhando em tê-lo como uma das opções para uma disputa majoritária dentro desse cenário atual terá uma grande decepção, já que a preço de hoje, não há musculatura suficiente no prefeito Bruno para enfrentar quaisquer candidatos do grupo comandado pelo governador João Azevedo.

Será que é com esse péssimo exemplo de gestão que a direita quer enfrentar a esquerda na Paraíba em 2026? “O mal usa uma máscara que engana muitos indivíduos a ponto de os fazerem acreditar que estão vivendo no bem” (Lucas Campos).

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba