O Tribunal de Contas da Paraíba e a Prefeitura de Patos formalizaram um Pacto de Adequação de Conduta Técnico-Operacional, nesta segunda-feira (9), que busca reduzir as contratações de Microempreendedores Individuais (MEIs), para prestação de serviços profissionais diversos.
A Prefeitura de Patos foi a primeira a assinar o Pacto de Adequação em parceria com o TCE-PB.
A medida foi tomada após a auditoria da Corte de Contas constatar que o município vinha utilizando, de forma recorrente, o credenciamento de MEIs para a prestação de serviços, o que contraria regra constitucional que exige concurso público para o preenchimento de cargos efetivos na Administração Pública.
O pacto foi assinado pelo presidente do TCE-PB, Nominando Diniz, e pelo relator dos Processos TC nº 5399/23 e TC nº 3141/23, Fernando Catão, juntamente com o prefeito de Patos, Nabor Wanderley. O documento estabelece medidas que devem ser implementadas pelo município para corrigir a situação.
Nominando Diniz disse que entre as principais determinações do pacto estão a redução escalonada dos contratos com MEIs, com a meta de um corte mínimo de 15% até 2028, além da realização de um concurso público para regularizar o quadro funcional do município, a ser iniciado até o final do exercício financeiro de 2024.
O município terá 30 dias para apresentar ao Tribunal de Contas um plano de ação detalhado sobre como atender às exigências do acordo.
O órgão realizará acompanhamento contínuo da execução das ações, com auditorias periódicas, e o não cumprimento das obrigações poderá resultar em penalidades, incluindo impacto na prestação de contas anual do prefeito e encaminhamento ao Ministério Público.
O objetivo do pacto é assegurar maior transparência e regularidade nas contratações públicas do Município de Patos, com a devida observância à legislação vigente e à realização de concursos públicos para os cargos efetivos, em conformidade com a Constituição Federal e as normas de gestão pública.
O Pacto de Adequação de Conduta Técnico Operacional é um instrumento que a Corte de Contas paraibana criou por meio da resolução normativa 05/2007.
Fonte: Sony Lacerda
Créditos: Polêmica Paraíba