Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Gonçalo Coelho - Por Sérgio Botelho

Há uma pequena e pacata rua no Varadouro, quase escondida, que homenageia uma figura histórica dos primórdios do descobrimento do Brasil

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Gonçalo Coelho - Por Sérgio Botelho

Há uma pequena e pacata rua no Varadouro, quase escondida, que homenageia uma figura histórica dos primórdios do descobrimento do Brasil: Gonçalo Coelho.

Ela fica entre a Rua Barão do Maraú e a Padre Ibiapina, nos contrafortes do Cordão Encarnado, próxima da Praça do Trabalho ou da Pedra. Gonçalo Coelho (1451 ou 1454 – 1512) foi um navegador e explorador português, conhecido por possivelmente comandar duas importantes expedições ao litoral brasileiro no início do século XVI.

Em 1501, Coelho teria liderado uma frota de três caravelas, partindo de Lisboa em 10 de maio. Entre os membros da tripulação estava o florentino Américo Vespúcio. O detalhe é que seria bem provável que Gonçalo Coelho tenha parado na Baía da Traição, durante essa primeira expedição ao Brasil.

A principal evidência disso é o próprio nome do lugar. Historiadores acreditam que “Baía da Traição” surgiu após um confronto entre a tripulação de Coelho e os indígenas Potiguara que habitavam a região. Segundo relatos da época, os portugueses teriam sido atraídos para uma emboscada e sofreram baixas significativas.

Esse evento teria marcado o local com o nome que conhecemos hoje. Contudo, há outra controvérsia. Segundo estudiosos, essa primeira expedição teria sido comandada por Gaspar de Lemos, e não Gonçalo Coelho, que na verdade teria comandado a de 1503, chegando até a Baia da Guanabara.

O seu filho, Duarte Coelho acabou sendo beneficiado, pela Coroa, algumas décadas depois, com a Capitania de Pernambuco. Na época, o território brasileiro foi dividido em 15 faixas de terra, cada uma concedida a um donatário, geralmente membros da nobreza ou pessoas de confiança do rei, que tinham a responsabilidade de colonizar e administrar suas respectivas capitanias.

Por sinal, das 15 capitanias hereditárias estabelecidas, apenas a de Duarte Coelho e a de São Vicente, doada a Martim Afonso de Sousa, progrediram.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba