A oposição reagiu rápido após a primeira-dama Janja da Silva ter xingado Elon Musk, empresário e anunciado ministro do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
A declaração municiou bolsonaristas na redes sociais para fazer críticas à presidência brasileira do G20 e desviar a atenção do fórum internacional.
O governo Lula, por sua vez, evita comentar o episódio. Integrantes da gestão petista, sob reserva, admitem constrangimento, mas dizem ainda ser prematuro avaliar possíveis consequências para a relação com Trump.
Nas plataformas digitais, diversos representantes da direita acusaram Janja de criar uma crise diplomática com o futuro governo dos Estados Unidos. Na próxima gestão Trump, o bilionário vai chefiar o Departamento de Eficiência Governamental.
“Já temos mais um incidente diplomático”, escreveu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) escreveu: “Esse é o nível do governo Lula da Silva — com consequências diplomáticas”, disse.
O advogado Fabio Wanjgarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, disse que a fala da primeira-dama contraria a própria postura de Lula. Em entrevista, à CNN o presidente disse que terá com o presidente Trump “uma relação de respeito”.
“Ministros de Estado representam uma nação. A primeira dama também. Se uma primeira dama ofende, ataca injustamente, sem nenhuma razão, um ministro de estado de um país que mantém relações diplomáticas temos um incidente diplomático”, escreveu Wajngarten em seu perfil.
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CNN
