Com a proximidade da eleição para a presidência da OAB-PB, marcada para o próximo dia 19, o presidente da Subseção do Vale do Piancó, José Marcílio, se pronunciou sobre o vídeo divulgado pelo atual presidente da Ordem, Harrison Targino. Na gravação, Harrison rebate as críticas sobre sua recusa em aprovar o pedido de liberação de recursos do Conselho Federal da OAB para a construção da sede da Subseção, em tom considerado agressivo e político por parte dos advogados da região.
Marcílio, por sua vez, lamentou a tentativa de desviar o foco do que chamou de “um episódio lamentável que expõe a utilização da advocacia como moeda de troca política. Em vez de apresentar soluções concretas e assumir suas responsabilidades como gestor da OAB, o presidente opta por atacar, desviar o foco e politizar um debate que deveria ser pautado pelo respeito à advocacia e às necessidades do Vale do Piancó”, afirmou.
O presidente da Subseção reafirmou que a construção da sede é uma luta histórica da advocacia local, que foi prejudicada pela gestão de Harrison. “As tratativas para a doação do terreno foram conduzidas com zelo e transparência, mas o que se viu foi uma tentativa clara de barganha política, condicionando a liberação de recursos a apoios eleitorais. Esse tipo de postura não condiz com os valores que devem nortear a OAB”, declarou Marcílio.
Marcílio destacou ainda o papel essencial da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PB), presidido por Assis Almeida, na concretização da obra, mesmo diante da ausência de apoio institucional do presidente da Ordem. “A CAA-PB declarou um verdadeiro compromisso com a advocacia do Vale do Piancó, viabilizando a obra com recursos próprios. Essa é a prova de que, quando há vontade e seriedade, as coisas acontecem, independentemente de interesses políticos”, frisou.
A resposta de Marcílio também ressaltou a importância de manter a ética e a transparência no debate eleitoral. “Não cabe a um presidente, que deveria ser a guarda da autonomia e da independência da advocacia, se valer de projetos tão essenciais para a classe como moeda de troca. A advocacia paraibana precisa de lideranças que respeitem suas subseções e seus membros, e não de gestos que coloquem a revisão da instituição em xeque”, concluiu.
O episódio segue repercutindo entre os advogados paraibanos, que têm solidariedade manifestada à advocacia do Vale do Piancó e reforçados o clamor por uma OAB mais ética, transparente e comprometida com os interesses coletivos da classe.