A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb), está promovendo, durante todo o mês de novembro, um curso de capacitação para uso de armamento para novas turmas da Guarda Civil Metropolitana. O curso oferece habilitação para o porte de pistolas institucionais, além de treinar os servidores para atuar de forma eficiente e segura em situações de risco.
De acordo com Dudu Soares, secretário de Segurança Urbana e Cidadania, esta é a vigésima edição do curso oferecido para os guardas, que já formou mais de 200 servidores ao longo dos últimos meses. A capacitação, que segue até o dia 20 de novembro, tem uma carga total de 100 horas/aula, divididas entre teoria e prática.
“É nossa prioridade garantir que a Guarda Civil Metropolitana esteja bem preparada para enfrentar os desafios da segurança pública. Este curso de armamento e tiro, que também conta com o Treinamento de Atendimento Pré-Hospitalar Tático é essencial para capacitar nossos agentes com técnica, responsabilidade e compromisso. É importante ressaltar ainda, que desde o início da gestão do prefeito Cícero Lucena, nossos guardas passam por capacitações deste nível”, destacou o secretário.
O curso inclui 280 disparos práticos para aprimorar a habilidade no uso de pistolas e simular situações reais de combate. Com essa capacitação e somente após a aprovação na prova prática de tiro, os servidores ficam habilitados para o porte de arma institucional e operacionalmente mais preparados para enfrentar desafios de segurança pública com maior eficácia e, acima de tudo, com a preocupação constante de preservar vidas e o patrimônio público.
“É fundamental que os agentes estejam preparados para agir não só no uso do armamento, mas também em situações de emergência, especialmente aquelas que envolvem a vida humana”, frisou Diogo Guedes, diretor do Departamento de Armamento e Tiro da Semusb.
Um dos focos principais do curso é o Treinamento de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH Tático), que visa reduzir as mortes de operadores de segurança pública em cenários de combate, especialmente em casos de ferimentos causados por armas de fogo ou branca. Esse tipo de treinamento é crucial para garantir que os servidores estejam aptos a realizar o atendimento adequado a feridos, priorizando a manutenção da vida mesmo em cenários de alto risco.
“Estima-se que, em cerca de 90% dos casos, a principal causa de morte é a hemorragia massiva — a perda rápida de grandes quantidades de sangue — que resulta em choque hipovolêmico. O APH Tático, portanto, é essencial para conter essas situações até a chegada de suporte médico. É uma matéria específica dentro do curso, que prepara os agentes para o atendimento de emergência em áreas inóspitas ou durante operações táticas de segurança pública”, explicou o instrutor Hélio de Melo.
Texto: Thaís Alencar
Edição: Felipe Silveira
Fotografia: Roberto Mendes e Letycia Inocêncio