Dilma confirma reunião com o senador Vital do Rêgo para tratar da aliança PMDB-PT na Paraíba

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A presidente Dilma Rousseff decidiu atuar pessoalmente para assegurar a presença do PMDB em sua chapa à reeleição no próximo ano. Em encontro na segunda-feira (28) com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional do partido, Dilma decidiu que irá conversar pessoalmente nas próximas semanas com o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o governador Sérgio Cabral e com os senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) que controlam três dos diretórios estaduais mais importantes, para a manutenção do apoio.

A presidente deve receber cada um individualmente, seguindo a estratégia que vem sendo utilizada pelo vice-presidente, que procura resolver os impasses estaduais um a um. Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba são três dos estados onde os caciques peemedebistas têm como objetivo apoiar a presidente, mas ameaçam abandonar a aliança se o PT não fizer concessões locais.

A matéria é destaque na edição desta quarta-feira (30) do jornal o Globo. Serão definidas na reunião as condições objetivas para a manutenção da aliança com o PT. Na Paraíba a o PMDB já lançou como pré-candidato a governador Veneziano Vital do Rêgo.

Veja a matéria no Jornal O Globo:

A presidente Dilma com o vice Michel Temer em um evento no Palácio do Planalto Jorge William/10-09-2013 / Agência O Globo

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff decidiu atuar pessoalmente para assegurar a presença do PMDB em sua chapa no próximo ano. Ontem à tarde, em um encontro com o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional do partido aliado, Dilma decidiu conversar nas próximas semanas com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e com os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Vital do Rêgo (PMDB-PB).

A presidente deve receber cada um individualmente, seguindo a estratégia que vem sendo utilizada pelo vice-presidente, que procura resolver os impasses estaduais um a um. Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba são três dos estados onde os caciques peemedebistas têm como objetivo apoiar a presidente, mas ameaçam abandonar a aliança se o PT não fizer concessões locais.

Aliados nacionais, PT e PMDB devem caminhar separados nas disputas regionais em estados onde estão 68% do eleitorado brasileiro – donos de quase 96 milhões de votos. Esse cenário pode estar presente em 11 unidades da Federação, entre elas os maiores colégios eleitorais do país: Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. A divisão não significa rejeição à reeleição da presidente Dilma Rousseff, embora existam problemas em alguns diretórios do PMDB, que ameaçam votar contra a coligação nacional com o PT.

No Rio, por exemplo, petistas e peemedebistas estão em pé de guerra. Cabral lançou a pré-candidatura ao governo de seu vice Luiz Fernando Pezão. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, por sua vez, afirmou que a pré-candidatura à sucessão estadual do senador Lindbergh Farias é a prioridade do partido em 2014. O PMDB de Cabral não aceita que Dilma divida seu palanque com outros pré-candidatos da base, como o deputado Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), além de Lindbergh, e ameaçam não apoiar a reeleição da presidente.

Em Minas, segundo maior colégio eleitoral e estado do pré-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), os petistas já trabalham pelo nome do ministro Fernando Pimentel, enquanto os peemedebistas apresentaram o nome do senador Clésio Andrade para a disputa. O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, é apontado como um dos que fazem parte da turma que defende o apoio a Pimentel e a união com o PT.

Na Bahia, a busca de Geddel Vieira Lima (PMDB) pelo apoio de outros partidos, incluindo PSDB e DEM, inviabiliza a aliança com Dilma. Já no Rio Grande do Sul, PT e PMDB historicamente sempre caminharam separados. Tarso Genro (PT) tenta a reeleição, e o PMDB tem como pré-candidatos o ex-governador Germano Rigotto e o ex-prefeito de Caxias do Sul Ivo Sartori.