Um esforço concentrado neste feriado de Finados resultou em mais uma rodada de negociações entre dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba (Sindjor-PB) e do Sindicato das Empresas Jornalísticas de Rádio e Televisão do Estado da Paraíba. Desta vez, a reunião aconteceu na manhã deste sábado (02), na sede da TV Cabo Branco, em João Pessoa.
A reunião teve como pauta a tentativa de superação de pontos divergentes em torno do pagamento de horas extas e implantação do banco de horas no capítulo que regulamenta a jornada de trabalho dos jornalistas que atuam nas empresas de comunicação do setor privado na Paraíba.
As divergências foram amplamente debatidas e um consenso foi estabelecido para viabilizar a aprovação do texto final em assembleia geral da categoria.
“Levamos para a mesa de negociações as insatisfações da categoria a respeito do controle de pagamento de horas extras que, por tabela, influencia na desconfiança a respeito da implantação do banco de horas. O parágrafo que permitia a ultrapassagem do limite legal de duas horas extras diárias foi suprimido e a redação sobre o banco de horas agora garante a opção e o aval do funcionário”, explicou Jorge Galdino, presidente do Sindjor-PB.
Com as alterações acertadas na nova redação, a questão das horas extras e do banco de horas seguirá à legislação vigente, garantindo o limitee das horas extras diária e a opção e aceitação expressa dos funcionários em livre negociação com as empresas a respeito do banco de horas. “Não poderíamos permitir a extrapolação das horas extras e um texto que permitisse a imposição do banco de horas”, complementou Galdino.
Mesmo com a conquista dos pontos deliberados na última assembleia geral, a nova versão do texto será apresentada, discutida e novamente submetida à deliberação da categoria em nova assembleia geral que será convocada para a próxima quarta-feira (06). A convocação realizada através de edital, conforme o estatuto do Sindicato.
Sendo aprovada pela categoria, a Convenção Coletiva será a primeira depois de oito anos sem diálogo entre as partes e, apesar de as conquistas dos documentos ficarem aquém das expectativas e necessidades da categoria, a Convenção deste ano é um marco na retomada do diálogo, das negociações e da mobilização para novas conquistas nos próximos anos.
“O texto da Convenção traz avanços importantes, mas todos nós temos consciência que não suprem as necessidades, os anseios e frustram as expectativas da categoria, principalmente na questão salarial, mas reconhecemos que é um ponto de partida importante para a retomada do diálogo e marca ainda o início da organização, da mobilização e união da categoria para que tenhamos mais avanços nas próximas convenções”, finalizou Galdino.
A Convenção Coletiva deste ano traz ainda avanços como o estabelecimento de novos pisos salariais, reajuste salarial de 5% (cinco por cento) e reposição das perdas salariais de 48,5%.
Sindjor-PB