Rebatendo o líder do Governo na ALPB, o deputado Anísio Maia (PT) defendeu novamente, na sessão desta quarta-feira (23/10), os movimentos sociais do campo organizados por suas reivindicações.
“O que ocorreu com o portão do Centro Administrativo (durante o protesto da Via Campesina, na última segunda-feira) foi que um policial jogou spray de pimenta nos olhos do motorista do caminhão que trazia água para a multidão, e ele deu marcha a ré acidentalmente, abalroando o portão. Não houve qualquer interesse dos manifestantes em derrubar o portão. Já está na hora de encerrar essa história de culpar os manifestantes pelo que aconteceu”.
Anísio apontou como causas do conflito a ação da Polícia e, em especial, a inércia do Governo do Estado por não resolver o mínimo solicitado, mesmo após dois anos e oito meses de gestão. Acusou ainda o Estado de ter provocado o movimento e se negado propositalmente a realizar uma audiência para tratar o assunto.
“Para os grandes empresários, no entanto, o Governo concede audiências diariamente, sem nenhum problema de agenda, já quando é com a população, com qualquer pessoa do povo, com o movimento social, este Governo fecha as portas. Não é apenas com os assentados, é com os professores, os policiais. Então ele é o responsável pelo incidente! Este Governo não tem a menor capacidade de ter uma gestão democrática. Não tem condições de ouvir a população”, afirmou.
O deputado cobrou, por fim, que ninguém mais acusasse o deputado Frei Anastácio de incitar o movimento, uma vez que o parlamentar petista historicamente apoia a luta dos camponeses e que os movimentos sociais têm sua própria dinâmica e autonomia frente aos governos e as lideranças políticas.