TIÃO LUCENA: Jornalistas de Governo e de Oposição
Carlos Castelo Branco no Jornal do Brasil e Madruguinha, no Correio da Paraíba de priscas eras faziam análise política com sabor de quero mais. Eles tinham suas preferências – e quem não as tem? – mas disfarçavam de um jeito que ninguém notava qualquer resquício de paixão nos seus escritos. Analisavam os prós e os contras, mediam, pesavam e depois embalavam o pacote para o leitor tomar uma posição.
Nos tempos que depois vieram, cito João Manoel, esse já meio apaixonado pela esquerda, embora expondo os dois lados da moeda em respeito ao leitor, e Nonato Guedes, um garoto ainda cheirando a leite, chegado de Cajazeiras e escrevendo como gente grande. Nonato ainda hoje está aí oferecendo o seu talento e sua escrita analítica, segura, sem lado e sem preferências.
Agnaldo Almeida também pode formar tranquilamente no time de Madruguinha, de Castelo, de João Manoel e de Nonato, embora, como Nonato, esteja sem espaço em jornal de projeção (se é que na Paraíba isso ainda existe).
Os tempos mudaram. Nos dias que correm, temos dois times: o dos governistas e o dos oposicionistas. O dos governistas é tido como o time dos bajuladores. Seus integrantes estão fadados ao esculacho dos eternos inconformados. Nem a verdade mais cristalina merece o crédito da turma da ruindade. Estão, esses jogadores do time do Governo, lascados do primeiro ao quinto.
Já o time dos oposicionistas, ave Maria, é mais querido do que a seleção brasileira dos bons tempos. Seus componentes são heróis, recebem tapinhas nas costas, beijinhos no rosto, dão autógrafos, são em suma a bala que matou John Lennon, as pregas do Véi Quelé, a rebimboca da parafuseta, o pino da grampola, o chapéu preto do jegue de Rosendo Cordeiro, a Maria Bonita de Lampião, a manjuba de Antonio Sussu, julgam-se deuses e só não mais onipotentes porque, na privada, despejam os mesmos dejetos comuns aos cidadãos comuns.
E olhem que não são analistas. Têm um lado como um lado têm os outros da banda oficial. A diferença entre as duas alas é que, nessa da oposição, a tônica é o ódio, a raiva, o despeito, o ciúme, a vontade de matar, estraçalhar, esquartejar, deixar o inimigo mais morto do que o defunto de Bayeux. Não é demais dizer que todos eles já foram governo,alguns até governos demais, integrantes de grupos ultra conservadores, matadores de camponeses e por aí vai.
Mas, hão de falar, são os sinais do tempo, pior vai ficar, não há ruim que não piore e fique roxo de ruindade.
A única pena que dá é do idiota que lê e acredita nas “lêndias” e “fricções”que saem de suas canetas.
VOU ESTÁ NO LANÇAMENTO DO SEU LIVRO AMANHÃ NA MASTER – TALVEZ PESSOALMENTE EU ENCONTRE RESPOSTAS.