PSB quer atrair PDT, PPS, PV e Solidariedade para alcançar quatro minutos de TV para Eduardo Campos


Com aval do governador Eduardo Campos (PSB), um grupo do PSB tem procurado quatro partidos para negociar o apoio ao socialista em 2014. O PSB acredita que pode atrair PDT, PPS, PV e Solidariedade para o projeto presidencial do governador pernambucano. Com o arco de forças, Campos teria algo em torno de quatro minutos e meio no guia eleitoral de rádio e televisão, o que o permitiria apresentar as propostas, apresentar a gestão em Pernambuco e se tornar conhecido do eleitorado nacional. “Com quatro dá para fazer um bom programa”, afirmou uma fonte do núcleo do PSB ao Blog. Outro socialista ligado ao Palácio cravou cinco minutos como o ideal do governador.

Das quatro legendas, duas (PV e PPS) têm proximidade com a ex-senadora Marina Silva, filiada ao PSB há duas semanas. Em 2010, o PV abrigou Marina na disputa dela pela Presidêmcia da República, quando ela teve 19,6 milhões de votos. Em Pernambuco, os dois principais articuladores da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora viu barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes de ingressar no ninho socialista, estão filiados ao PV: o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, e o ex-deputado estadual Roberto Leandro.

Já o PPS, presidido nacionalmente por Roberto Freire, ofereceu a própria legenda a Marina para ela lançar-se candidata ao Planalto na reta final da fase de filiações, quando ela já havia perdido a criação da Rede no TSE. Publicamente, a ex-senadora já demonstrou que há interesse do grupo formado por PSB e Rede em atrair o PPS para a bancada.

No caso de PDT e Solidariedade, o que pode pesar é o desejo de construir uma terceira via às candidaturas do PT e PSDB. No final do mês, a Direção Nacional do PDT deve reunir as bancadas do Congresso e lideranças do partido para decidir se permanece no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A expectativa é que eles deixem o Ministério do Trabalho. Já o recém-criado Solidariedade, presidido pelo deputado Paulinho da Força deve assumir postura independente do Governo Federal e tem Eduardo como opção de candidatura.

Sem correr atrás

De público, porém, as declarações socialistas não colocam a formação de alianças como prioridade. Eduardo e Marina, as duas maiores lideranças do projeto nacional, têm dito que a aliança programática está acima do tempo de televisão. Em entrevista à Rádio JC News nesta sexta-feira (18), o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB), indicado por Eduardo para construir o programa nacional da legenda para as eleições de 2014, disse que o PSB não vai correr atrás de alianças estaduais. “[Nossa estratégia] poderá ser um movimento que vai passar em cima dos partidos e atropelar os palanques estaduais”, afirmou.FOLHA