Na sessão de ontem (30) do TRE-PB, o advogado Aécio Farias, que representa a defesa de investigadas na Operação Território Livre, fez um discurso contundente contra a decisão da juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa. Na ocasião, a magistrada prorrogou o prazo para a conclusão do inquérito da Polícia Federal contra as investigadas.
Em seu período de sustentação oral, Farias criticou a extensão do prazo, apontando falhas na atuação da Polícia Federal. Segundo ele, a PF tem demonstrado dificuldade em analisar os materiais apreendidos.
“A incapacidade de analisar essas provas… mas na hora de levar [para cumprir os mandados], aí vem todo um exército e vai prender uma senhora indefesa, até com balaclava. Não é todo o exército que vai prender uma senhora… Agora, para examinar dois ou três celulares que são apreendidos, precisa de 25 dias de prazo?”, disparou Aécio.
A operação Território Livre investiga a influência do crime organizado nas eleições da capital paraibana. Até o momento, todas as presas no âmbito da operação são mulheres, entre elas a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) e Lauremília Lucena, primeira-dama de João Pessoa e esposa do prefeito Cícero Lucena (PP), que concorre à reeleição.