Ter a companhia de um animal é saber que contamos com apoio nos momentos difíceis e vivemos alegrias inesperadas. No entanto, quando eles se vão, sentimos como se uma parte de nós fosse levada. Se você já perdeu um amigo de quatro patas, provavelmente se perguntou o que acontece com ele após a morte e se há a possibilidade de um reencontro nesta vida. Essas e outras questões relacionadas à reencarnação animal serão abordadas pelo veterinário integrativo e comunicador intuitivo, Ricardo Garé, hoje.
Primeiramente, para você entender melhor como ele chegou às seguintes conclusões, é necessário compreender que a comunicação intuitiva animal é uma técnica que dá voz aos animais. E, assim, através disso, os humanos conseguem entender melhor o que se passa na vida dos mesmos. Confira:
O que acontece quando um animal morre?
Quando um cachorro, gato ou qualquer animal não-humano morre, ele não vai para um céu próprio de sua espécie. “Ele não fica em um céu de cachorro, de gato ou de aves, por exemplo. Na verdade, durante o tempo que está no outro plano, vai para sua família espiritual, onde aprende e se diverte”, conta o veterinário.
Esses aprendizados giram em torno de como ser quem ele escolheu. “Nós somos uma expressão de um espírito e, quando esse veículo morre, é como eu trocar de carro. Não uso mais esse carro, o vendi, não preciso mais dele. E o mesmo acontece com os animais. Sendo assim, eles aprenderão como ser aquela espécie, já que cada uma tem uma habilidade física que eles vão precisar para expressar uma habilidade espiritual. Ou seja, um que foi cachorro em uma vida, pode voltar como gato em outra. Ou talvez não, porque pode ser que ele gostou de ser um cão e, na próxima, vai continuar aprendendo isso, porque ser cachorro facilita o aprendizado dele como espírito”, explica.
Eles podem voltar para nossa vida?
Sim, segundo Ricardo, eles podem voltar para a mesma família de uma vida passada, porém, pode levar um tempo. “A passagem de segundos, minutos e horas do nosso plano físico não é a mesma que a do plano espiritual. O tecido do espaço-tempo não é igual. O que pode ser pouco tempo lá pode ser muito tempo nosso. Eles não se correlacionam. Então pode ser que um animal querido para você volte para sua vida, mas pode demorar um, dois, três anos. Pois, ele pode ter outros ensinamentos primeiro antes de retornar. Mas não podemos generalizar que os animais voltam rápido para a vida na Terra, diferente do que muitos pensam”, ressalta.
Mudança de percepção
Com isso, da mesma forma que os animais aprendem, nós também. “Talvez, nós estejamos treinando como ser humano para mudarmos nossa relação com os animais e a natureza, da mesma forma que eles fazem antes de voltar para este planeta. E é importante olharmos para os animais com essa percepção. Eles são são só um cachorrinho, um bichinho, um pet. Eles são indíviduos com sabedoria, vontade, inteligência, emoções e sentimentos complexos. Ele é a expressão de uma espírito numa espécie animal que não é humana”, enfatiza.
Histórias de reencarnação
Para entender melhor como funciona a reencarnação de um animal, Garé compartilha sua história com Encantado, um de seus cachorros: “Eu adotei a Aya, que estava grávida. E, em algum determinado momento, aparece, para mim, a imagem de um cachorro cinza, peludo, de peito branco e patas brancas. Em seguida, ele me conta: ‘Eu sou o primeiro filhote que vai nascer e me chamo Encantado, e eu vim para ficar com a família e nós somos muito próximos’. Depois disso, eu esperei. Quando nasceram os nove filhotes, quem veio antes de todo mundo? O único cachorrinho com essas características. Eu percebi que tínhamos uma conexão muito forte e fiz a comunicação intuitiva com ele. Vi cenas passadas e constatei que já vivemos juntos”.
Além disso, ele relata outro episódio que teve com um gato que estava desaparecido há seis anos, e a tutora entrou em contato com Ricardo para saber se ele estava vivo. “Ele me mostrou que fez a passagem depois de três anos [que se perdeu]. Durante esse tempo todo, ele não teve outra encarnação. E ele me falou: ‘Eu vou voltar para minha tutora daqui, mais ou menos, dois a três anos'”, expôs.
Por fim, o profissional convida a veterinária Marcela Azambuja, que também tem uma história com sua gatinha. “Eu pude me comunicar com uma gatinha de infância, que disse que estava comigo novamente. Quando eu questionei se ela já estava em uma nova vida encarnada, ela me disse que sim, que era minha amiga. Ela me contou que veio como Lótus, minha cachorrinha de sete meses, para que me auxiliasse nesse caminho de vivência de cura e poder viver o luto do meu pai que. E, quando ele faleceu, na minha infância, eu tinha a gatinha Xaninha”, recorda.