Ontem falamos sobre o atual quartel do Regimento Vidal de Negreiros. De passagem, citamos a morte do general Lavenère Wanderley, alagoano de nascimento, atingido por um tiro naquela unidade do Exército, no início da Revolução de 1930.
Hoje, ele dá nome à praça que fica de frente para o referido quartel, à margem da avenida Cruz das Armas. O homenageado com o nome da praça, então, comandante da 7ª Região Militar, sediada em Recife, se encontrava na cidade da Parahyba por conta da agitação que precedeu a Revolução de 1930, provocada pela morte do presidente do Estado da Parahyba do Norte, João Pessoa Cavalcante de Albuquerque, em julho daquele ano.
Sendo o estado um dos epicentros da revolta nacional, o comando da 7ª RM findou transferido para o 22º Batalhão de Caçadores, já em Cruz das Armas. Na madrugada de 4 de outubro de 1930, os revoltosos, à frente Juarez Távora, Agildo Barata e outros oficiais do próprio 22 BC, assaltaram o quartel.
Na troca de tiros, tombou ferido o general Lavenère, que veio a falecer horas depois no Hospital Santa Isabel, não sem antes minimizar o fato como “coisas da política”.
Quando do tiroteio no interior do quartel, outras unidades militares federais, na Paraíba (incluindo companhias em Campina Grande, Santa Luzia e Sousa, segundo A União de 5 de outubro de 1930) e em outros estados, destacadamente Rio Grande do Sul e Minas Gerais, já haviam aderido ao movimento, que terminou com a posse de Getúlio Vargas, na presidência da República, de Juarez Távora, no comando do Norte, e de José Américo de Almeida, no governo paraibano.
Na ocasião de sua morte, o general Lavenère ocupava o posto de general de brigada, sendo promovido, post mortem, em 15 do mesmo mês e ano, ao de general de divisão. A praça General Lavanère Wanderley, por meio da rua Antônio Gomes, permite alcançar diretamente o bairro Trincheiras, em sua parte baixa, e mais a Ilha do Bispo e o Varadouro, num trajeto dominado por residências e até sítios.
Foto da praça General Lavenère Wanderley. À esquerda a avenida Cruz das Armas.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba