O debate sobre a eleição 2014 na Paraíba está, por enquanto, restrito ao dilema se Cássio Cunha Lima é ou não é candidato?
Por onde se anda, só se fala disso. E por um motivo bastante compreensível: reeleito pelo voto direto dos paraibanos em 2006, sendo o 1º político no Estado a alcançar mais de 1 milhão de votos, Cássio foi cassado pela Justiça Eleitoral, frustrando a multidão que o queria governando. O fato ainda está no imaginário do povo que, quando puder, dará o troco nas urnas. Por isso a pergunta: Cássio é candidato?
Acontece que ele próprio, Cássio, tem dito repetidas vezes quando perguntado, que prefere manter a aliança de 2010 que elegeu Ricardo Coutinho governador e Cássio senador. Ora, Cássio dizendo que não quer ser candidato agora, quem pode desmenti-lo? O seu sentimento só a ele pertence!
Ademais, Cássio tem ainda 4 anos a cumprir no mandato de Senador para o qual foi eleito pelo povo. Por que iria interrompê-lo? Para concorrer com quem ajudou a eleger há poucos anos? Não faz sentido. Até porque, o projeto vitorioso nascido em 2010, afirma o atual Governador, foi traçado até 2018 quando, reeleito, retribuirá os apoios de Cássio a Cássio que, sem qualquer ruptura do grupo, poderá voltar à cadeira de governador.
Tem mais: amigos e parentes próximos do senador têm dado, quase diariamente, declarações e demonstrações de que, efetivamente, o galo de Campina vai permanecer no Senado. É o caso do seu tio Renato Cunha Lima, do seu amigo deputado Carlos Dunga, do seu amigo e vice-governador Rômulo Gouveia, entre outros.
Cássio foi ungido pelo presidenciável Aécio Neves seu coordenador de campanha. E o fez pela inegável competência política do paraibano e, óbvio, pela sua condição de não candidato ao governo. Ou alguém pode imaginar um coordenador de campanha presidencial disputando um mandato?
Ainda o fato do lançamento da pré-candidatura de Pedro, seu filho, a deputado federal, mais uma vez reafirma sua condição e desejo de manter tal aliança e permanecer no Senado.
São fatos e manifestações que absolutamente desautorizam as previsões compreensíveis, mas carregadas de inconfessáveis interesses de cunho eminentemente pessoal de que o senador será candidato.
Cássio não é candidato!