Num discurso de quase 30 minutos, Marina estava bem humorada e falou que Campos acabou sendo seu “Plano C”. Ela fazia uma referência às seguidas perguntas de jornalistas e políticos a ela antes da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que não deferiu o pedido da Rede para o registro do partido por falta de assinaturas validadas sobre qual seria seu plano B caso o plano A, a criação da rede, não desse certo.
“O plano C é Campos”, disse Marina.
Marina reclamou mais uma vez dos critérios da Justiça Eleitoral.
“Somos o primeiro partido clandestino do Brasil criado em plena democracia”, afirmou Marina.
A candidata afirmou que não quis as outras opções que foram colocadas, se aliar a outro partido para ser candidata ou não apoiar nenhuma candidatura, por entender que não poderia ficar de fora do processo político nesse momento.
Ela afirmou que continuará sendo a porta voz da Rede e que a aliança com o PSB não será “pragmática” e sim “programática”, criticando indiretamente as alianças políticas atuais. E seu discurso, Marina também descartou a sua própria candidatura.
“Vamos para chancelar o programa da Rede e, em uma discussão democrática, adensar uma candidatura que já está posta”, disse Marina.
LEIA NA ÍNTEGRA O POEMA QUE MARINA SILVA DECLAMOU:
Arco e Flecha
(Autoria de Marina Silva)
Do arco que empurra a flecha,
Quero a força que a dispara.
Da flecha que penetra o alvo
Quero a mira que o acerta.
Do alvo mirado
Quero o que o faz desejado.
Do desejo que busca o alvo
Quero o amor por razão.
Sendo assim não terei arma,
Só assim não farei a guerra.
E assim fará sentido
Meu passar por esta terra.
Sou o arco, sou a flecha,
Sou todo em metades,
Sou as partes que se mesclam
Nos propósitos e nas vontades.
Sou o arco por primeiro,
Sou a flecha por segundo,
Sou a flecha por primeiro,
Sou o arco por segundo.
Buscai o melhor de mim
E terás o melhor de mim.
Darei o melhor de mim
Onde precisar o mundo.