Outro dia falei sobre a avenida Barão do Triunfo, antiga Estrada do Carro, de muita representatividade histórica para a capital paraibana. Juntamente com a atual avenida Guedes Pereira, antiga Rua do Fogo, passou a ligar, até hoje, o Varadouro à cidade alta, em aclive menos íngreme, objetivo dos que foram construindo e ocupando a cidade, a partir de seu berço.
A via é parte integrante do perímetro de tombamento rigoroso de João Pessoa, bem como seus imóveis, a maior parte de valor memorial. A edificação do meio, na foto, da Academia Paraibana de Poesia, na referida rua, foi sede do extinto jornal Correio da Paraíba, onde funcionava administração, redação e parte gráfica.
Em seus espaços conviveram profissionais que marcaram época na história do jornalismo paraibano. O prédio mostra elementos arquitetônicos decorativos a caracterizarem o art déco, popular entre as décadas de 1920 e 1940, reconhecido por suas linhas geométricas, ornamentação estilizada e uso de cores vibrantes e contrastantes.
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A preservação do patrimônio histórico pessoense é, também, como todo procedimento semelhante, aqui e alhures, uma forma de desenvolvimento sustentável, pois reaproveita edifícios existentes, evitando o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos na construção de novas estruturas.
Revitalizar, mas também ressignificar o nosso centro histórico, se mostra essencial para garantir que esses espaços reconquistem importância na vida da cidade, conectando passado, presente e futuro de forma harmoniosa e sustentável. Cabe elogiar o esforço dos dirigentes da APP em buscar ajuda para a recuperação do prédio.
Sobretudo, convém continuar apostando no esforço anunciado pelos poderes públicos estadual e municipal, para que vingue o anunciado projeto de revitalização do centro histórico pessoense.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba
