Por Rubens Nóbrega
O PSB da Paraíba jogou muito bem ontem, marcou tentos importantes e assumiu a liderança folgada do torneio classificatório para a Copa Estadual do Poder a ser disputada em 2014.
Claro que ajuda o fato de ser o time mais rico da atual temporada, inclusive porque dispõe do melhor e mais atrativo patrocinador.Mas vamos combinar que o PSB formou um time de primeira.
Acredito que qualquer clube, digo, qualquer legenda, gostaria de ter no seu elenco craques do nível de um atacante rompedor feito Jeová Campos, capaz de disparar na artilharia da competição.
E o que dizer de um zagueirão aplicado como Buba Germano, bom de marcação, excelente no desarme, dono de razoável estatura e formidável impulsão para cabeceios certeiros nos ataques aéreos?
Já na lateral direita, para defender a equipe, digo, o governo, não tem melhor do que dispor de um reserva de luxo com o pulmão de um Hervázio Bezerra. Não à toa o técnico o trata como um verdadeiro titular.
Quando entra em campo (e ele tem jogado quase todas as partidas, por conveniências da cartolagem), Hervázio quase sempre cumpre o que diz todo bom atleta nas entrevistas de beira de campo antes da partida: “Nóivamo dar tudo de si”.
Agora, cá pra nós, posso até estar enganado, mas vejo no ex-reitor Thompson Mariz (UFCG) o grande reforço do PSB para o campeonato do ano que vem. O Professor é um volante de primeira.
Pra vocês terem uma ideia, a polivalência do sampaulino Thompson faz com que ele seja a um só tempo decisivo no ataque e fundamental na frente da zaga.
O Professor deve formar dupla de armação perfeita com João Fernandes, veterano meia esquerda que surpreendeu a todos ao trocar o Cunha Lima F. C. para vestir o uniforme laranja do esquadrão socialista.
Se alcançarem o entrosamento desejado, os dois deverão fazer ótimas tabelinhas na construção das jogadas de ataque do PSB, um time que pode até ter diminuído de torcida desde a Copa de 2010, mas agora dá mostras de que vai com tudo, pra cima, para conquistar o bi ano que vem.
Salto alto é perigoso
Nos embates políticos a ninguém é dado o direito de não se acautelar contra eventuais reviravoltas. O conselho serve, principalmente, para quem está de salto alto,cantando vitória antes do tempo, achando que vai ser um passeio ano que vem. As outras legendas também estão se reforçando, entre elas algumas bem modestas, que podem ter entre seus novos membros – quem sabe – a revelação da Copa de 2014.
Solidariedade é tudo
De estimado leitor: “Por favor, não se cale! Deus existe e é nele que tenho fé. Deus te abençoe sempre, Rubens, e te proteja desse mal em 2012+1 (desculpe, mas sou raposeiro roxo) e por todos os anos que virão”.
Do amigo Ivaldo Gomes: “Faz escuro, mas a gente continua cantando. O canto ajuda a saber onde estamos, quem somos e quantos somos. Sua voz não será calada”.
Do amigo Irapuan Sobral: “Da imprensa é preferível o erro à censura, mesmo na forma tentada da intimação judicial! Aos agentes públicos, em razão do ofício, não socorrem garantias e defesas que inibam a acessibilidade e a disponibilidade do poder, porque fere a natureza da República. Minha solidariedade”.
Poeminho do contra
Além das reproduzidas acima, comovido e profundamente gratificado agradeço as demais mensagens e manifestações de solidariedade de amigos e leitores que recebi ontem, todas em razão das ações judiciais movidas pelo governador Ricardo Coutinho contra o colunista.
Como disse na coluna dessa quinta (3), tenho esses processos na conta de uma indisfarçada tentativa de intimidação política e de cerceamento da minha liberdade de expressão pela via judicial. Reafirmo, contudo, que os intentos subjacentes aos trabalhados e caros ajuizamentos não surtirão o menor efeito.
Manterei inalterada minha disposição de levar a público tanto as críticas como as denúncias fundamentadas que jornalisticamente me confiarem, contra esse ou qualquer outro governo ou governante.
Mas sem recuar um milímetro do estilo que vai da contundência extrema à picardia, mas sempre procurando não perder a noção do justo, do correto e ético, expressos nas chances de defesa, resposta e esclarecimento oferecidas aos denunciados.
Quanto ao mais, para não moer mais o tema nem a paciência do leitor, despeço-me por hoje consignando que me conforta ainda, em situações da espécie, poder lembrar a vocês – e àqueles poucos que pensam me fazer mal – a inconfundível e inexcedível poesia do eterno Mário Quintana:
Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!