As forças ucranianas realizaram seu maior ataque transfronteiriço desde o início da guerra. Nos últimos dias, em um movimento ousado, a Ucrânia entrou com seus soldados em território russo e assumiu o controle de 74 vilarejos na região de Kursk.
Segundo informações locais, o exército ucraniano continua avançando, ganhando de um a três quilômetros nas últimas 24 horas.
O presidente Volodymyr Zelenskiy disse que a operação capturou vários prisioneiros de guerra russos que poderiam ser trocados por combatentes ucranianos detidos, destacando o que ele descreveu como um “fundo de troca” cada vez maior.
“Apesar de batalhas difíceis e intensas, nossas forças continuam avançando na região de Kursk, e o ‘fundo de troca’ do nosso Estado está crescendo. Setenta e quatro vilarejos estão sob controle ucraniano”, disse Zelenskiy.
“Os preparativos para nossos próximos passos continuam”, complementou, sem revelar maiores detalhes.
Ao contrário do que aconteceu na última contraofensiva, anunciada com meses de antecedência, Kiev deliberadamente deu poucos detalhes de sua operação, deixando um ar de mistério sobre os reais objetivos.
O governador de Kursk, Alexei Smirnov, pediu aos moradores que demonstrassem paciência com a situação delicada. “Vou ser direto: a crise ainda não foi superada”, escreveu nas redes sociais.
Já o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu revidar à Ucrânia com uma “resposta à altura” e acusou os “mestres ocidentais” de Kiev de darem ajuda às forças ucranianas.
Em resposta, o governo norte-americano tentou se distanciar de um possível envolvimento com o ataque ucraniano. Através de nota, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que não está envolvido em nenhum aspecto do planejamento ou da preparação da operação de Kiev.
Confira o mapa do ataque ucraniano: