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Confira algumas doenças que podem ser tratadas com canabidiol e a importância da Lei que da acesso à medicamentos

Dentre muitas possibilidades existentes, listamos 20 doenças e transtornos que, através de estudos, podem ser controladas com o uso da planta

Foto: Reprodução
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Nos últimos tempos, o debate acerca da cannabis e suas possíveis vantagens para diferentes doenças tem se intensificado. A lista de condições que podem ser benéficas é ampla e, com o aumento de pesquisas científicas evidenciando a eficácia da planta, cresce também a demanda por este tratamento.

Dentre muitas possibilidades existentes, listamos 20 doenças e transtornos que, vem mostrando através de estudos, podem ser controladas com o uso da planta.

Algumas doenças que podem ser tratadas com cannabis

  • Ansiedade – Além de controlar os efeitos ansiogênicos, o óleo com predominância de CBD pode ajudar na redução da ansiedade e no consumo de remédios tradicionais.
  • Depressão – Proporciona a diminuição da tensão, melhora do relaxamento da musculatura, diminuição do excesso de pensamentos e da sensação de esgotamento mental.
  • Alzheimer – O uso de canabinoides é capaz de melhorar os distúrbios comportamentais e, até mesmo, frear o processo neurodegenerativo do Alzheimer, aumentando a possibilidade de que a progressão para a demência seja travada no caso de um tratamento com início precoce.
  • Autismo – A introdução do tratamento com cannabis reduz a intensidade de diferentes sintomas do TEA, como a ansiedade, inquietação, irritabilidade e agitação psicomotora.
  • Acne – O CBD inibe a inflamação causadora da acne, enquanto que o extrato de semente de cannabis reduz significantemente o eritema da pele quando aplicado diretamente em forma de creme.
  • Transtornos alimentares – O sistema endocanabinoide está ligado ao controle da ingestão de alimentos e à modulação alimentar em humanos e animais, sendo assim, o uso do CBD auxilia no tratamento do transtorno, sendo eficaz também para a perda de peso decorrente de doenças.
  • Artrite – Os canabinoides apresentam efeitos anti-inflamatórios no corpo humano e, por isso, aumentam a sinalização adrenérgica nos órgãos articulares, o que ajuda a controlar a inflamação dos membros.
  • Artrose – Pelo fato do canabidiol estimular o sistema nervoso, ajuda a diminuir as dores e inflamações do corpo, muitas destas causadas pela artrose.
  • Dependências – O CBD modula circuitos neurais envolvidos nas dependências químicas, sendo utilizado para tratamento de vícios em opióides, cocaína e psicoestimulantes.
  • Câncer – É utilizada para prevenção de náuseas, vômitos e dores decorrentes de quimioterapia, assim como para estimular o apetite de pacientes que passam por esse tipo de tratamento agressivo contra o câncer.
  • Dermatite – Contribui com a liberação de enzimas inflamatórias, o que acarreta o controle de diversas doenças dermatológicas.
  • Parkinson – A cannabis estimula os neurotransmissores ao liberar, aos poucos, o ácido glutâmico, melhorando as ocorrências constantes de tremores, rigidez, dor e problemas no sono.
  • TOC – Possibilita reduções de pensamentos ou impulsos indesejáveis, diminuindo, também, os comportamentos compulsivos e a ansiedade.
  • Doença de Crohn – Os canabinoides atuam diretamente nas terminações nervosas do sistema nervoso simpático do intestino, o que aumenta a permeabilidade epitelial e diminui o processo inflamatório.
  • Diabetes – O uso CBD age de forma a reduzir a resistência à insulina e ajuda a moderar a quantidade de açúcar no sangue.
  • Fibromialgia – O uso da substância traz benefícios significativos no alívio da dor e na melhora funcional dos pacientes.
  • Insônia – A cannabis diminui a latência do sono, sendo também promissora para distúrbios comportamentais do sono REM e sonolência diurna excessiva.
  • Psoríase – A psoríase é uma doença inflamatória caracterizada, em partes, pela hiperproliferação de queratinócitos epidérmicos. Os canabinoides inibem a proliferação e também são anti-inflamatórios.
  • Dor crônica – Os efeitos analgésicos do canabidiol podem ajudar a aliviar a dor. Por isso, pode ser utilizado no tratamento dos sintomas de doenças que levam à dor crônica e dores na coluna.
  • Epilepsia – O CBD, além de possuir efeitos anticonvulsivantes, é capaz de melhorar o sono de pacientes com epilepsia.

Lei autoriza acesso a medicamentos

Uma lei promulgada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) e que já está em vigor autoriza as unidades de saúde públicas e privadas da Capital a distribuírem medicamentos a base de cannabis, de forma gratuita.

Os medicamentos precisam ter autorização judicial ou aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No texto também consta a possibilidade de convênios com produtoras nacionais e estrangeiras desses medicamentos, seja com a União, estados, municípios ou instituições sem fins lucrativos.

Os profissionais de saúde que acompanham o paciente que teve a necessidade de uso de um medicamento do tipo vai ter que detalhar as razões da prescrição no laudo.

Além disso, os pacientes só podem ter direito aos medicamentos à base de cannabis se cumprirem alguns requisitos, como ter cadastro ativo no programa de fornecimento de medicamentos à base de cannabis.

Não foi fixada pela lei uma duração máxima para os tratamentos com esse tipo de medicação. No entanto, ficou estabelecido que o paciente que tiver ausência superior a seis meses comprovada no serviço médico público que prescreve os remédios, sem justificativa por questões de saúde, vai ter a suspensão do fornecimento dos produtos.

Lei estabelece outras regras:

  • A validade da receita para os medicamentos será de até 30 dias, necessitando renovação mensal; 
  • O paciente ou responsável poderá retirar apenas a quantidade de remédio prescrita, podendo ser no máximo para três meses; 
  • Os frascos dos medicamentos devem ser devolvidos ao órgão responsável após o uso; 
  • Se as embalagens dos medicamentos não forem retornadas, deverá ser apresentado um boletim de ocorrência ou o próprio frasco ao mesmo órgão onde a medicação foi retirada; 
  • Informações sobre a eficácia, segurança e aspectos farmacoeconômicos relacionados à implementação da lei deverão ser divulgadas anualmente.