Por Josival Pereira
Para quem o PMDB e o senador Vital Filho perderam o Ministério da Integração Nacional?
A cúpula nacional do PMDB chegou a dar como certa a indicação do ministro da Integração Nacional com a renúncia do ministro Fernando Bezerra, que entregou o cargo por força do rompimento de seu partido (PSB) com o governo Dilma Rousseff. Tanto que formalizou a indicação do senador paraibano Vital do Rego Filho, com divulgação na imprensa nacional.
Na Paraíba, aliados do senador Vital do Rego também estavam certos de sua nomeação. Faltava apenas a assinatura de Dilma, fala-se.
O problema é que havia o governador Cid Gomes (Ceará) e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes no caminho.
Cid tem repetido na imprensa nacional que não aceita cargos no governo federal para não parecer que seu rompimento com o PSB e o governador Eduardo Campos se deu em troca de ministérios. Mas não foi o que se deu.
Em Brasília, e no Ceará, as informações são de que o novo ministro Francisco Teixeira, que por acaso é cearense, foi indicado pelo governador Cid Gomes.
Além disso, comenta-se que, ao anunciar que Teixeira ficará interinamente no cargo até o mês de janeiro, o Planalto estaria na verdade anunciando que a vaga é do governador Cid Gomes, que assumirá o posto após deixar o governo do Ceará.
Vê-se, pois, que o PMDB e o senador Vital Filho perderam o ministério da Integração para os irmãos Cid e Ciro Gomes.
Sem demérito
Registre-se que o fato de ser indicado interinamente não tira os méritos do ministro Francisco Teixeira, tido como um técnico muito competente e profundo conhecedor da estrutura e dos projetos em execução no Ministério da Integração.
Mais: Teixeira acompanhou todos os projetos financiados pelo Ministério da Integração na Paraíba, analisando-os e vindo pessoalmente ao Estado para aprová-los e depois liberar os recursos.