Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU de Campina Grande tiveram mais uma surpresa, ao chegar para trabalhar na manhã desta quarta-feira (02). É que eles descobriram que os telefones da unidade estão cortados, por falta de pagamento, estando funcionando, apenas, para receber ligações.
Este é mais um dos problemas verificados no SAMU de Campina Grande nos últimos dias, que culminaram com o anúncio, por parte dos médicos e socorristas da unidade, de uma greve no serviço a partir desta quinta-feira (03). O ultimato foi dado em nota divulgada pelos profissionais no final da tarde da terça-feira (01), após mais de três meses esperando um posicionamento da Prefeitura sobre atraso no pagamento dos salários.
Os problemas no SAMU de Campina Grande começaram a ser denunciados na semana passada, quando os socorristas foram à imprensa mostrar à cidade o caos que se instalou no serviço. Eles disseram, também, que estão promovendo uma “vaquinha” para arrecadar dinheiro e abastecer as ambulâncias.
Ainda segundo os funcionários, há falta de equipamentos e condições para a execução de trabalho. Desde julho, último mês de salário recebido, a prefeitura se nega a quitar os débitos com os funcionários, mas afirma que está tudo em dia. O técnico em enfermagem do SAMU Aguinaldo Cirino disse que a situação é complicada.
“Não há manutenção nas nossas unidades, faltam condições de trabalho, falta material de procedimentos técnicos que usamos em ocorrências como acidentes, falta oxigênio na nossa unidade, falta desfibrilador para uso em caso de parada cardíaca, além do mais as nossas unidades estão sem manutenção, sem condições de uso, com pneus carecas”, denunciou o profissional.
Aguinaldo ainda denunciou que nenhum veículo do SAMU está tendo a manutenção devida há meses, o que pode gerar a quebra das motos e ambulâncias a qualquer momento, durante uma ocorrência.