Romero Rodrigues: Um Pré-Candidato discreto, mas muito popular - Por Gildo Araújo

Há muitos anos que a Paraíba não via uma forma de fazer política tão atípica, como faz o deputado federal e ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues Veiga (Podemos). Uma personalidade discreta, de poucas falas na imprensa, porém quando concede entrevista apresenta-se desembaraçado e até muito brincalhão. E por mais que se queira tecer algumas críticas a ele, elas vão se diluindo devido a sua reação equilibrada de sempre compreender determinadas situações.

Para se ter uma ideia, enquanto toda imprensa paraibana tecia alguns comentários sobre sua suposta candidatura, Romero conseguiu manter seu silêncio estratégico até a data de sua convenção, aliás, ainda não se tem a certeza de que realmente será candidato, embora seu partido já tenha reservado a data para a convenção. Inclusive, neste sábado, a reunião de Romero Rodrigues com os vereadores campinenses e lideranças políticas também demonstrou sua discreta pré-candidatura.

Agora, o fato que chama atenção dos analistas políticos e até da opinião popular, é como um político da envergadura de Romero, possuidor de comportamento tão manso, consegue sobreviver diante de uma movimentação tão intensa que é a política em que vivemos hoje em dia.

Talvez o que leve a toda essa articulação, seja seu histórico administrativo durante o período em que governou a cidade de Campina Grande. Essa sua característica discreta tem se identificado com o povo campinense, e a prova disso são os números de pesquisas, os quais lhe colocam sempre na dianteira, e com muita folga, principalmente em relação ao seu principal concorrente, o prefeito Bruno Cunha Lima.

Sobre Bruno, infelizmente, não soube conduzir bem a Prefeitura de Campina Grande, e se perdeu administrativamente durante todo seu percurso na gestão, ao contrário do “Vaqueirinho de Galante” que passou oito anos na Prefeitura, enfrentou uma pandemia junto com seu povo, e ainda tinha tempo para bater sua “peladinha” (partida de futebol) aos domingos nos bairros campinenses e em na sua terra Galante, algo jamais feito por Bruno, já que muitos de seus ex-aliados lhe tratam como arrogante.